O BULLYING NO CONTEXTO DA PEDIATRIA: CONHECIMENTO MÉDICO E INFORMAÇÃO PARA AS CRIANÇAS
Resumo
INTRODUÇÃO: A transição da infância para a fase adulta é acompanhada por mudanças psicológicas, fisiológicas e de organização social. Tais transformações podem criar cenários que propiciem a violência física e/ou moral entre indivíduos. O bullying, a partir disso, é moldado em uma estrutura de hierarquia, na qual o agressor se sente superior à vítima e, então, comete agressão - física, verbal ou socialmente - aquele que julga ser inferior nesse meio em que convive. Por isso, o profissional médico necessita compreender essa complexa relação entre agressor e vítima, para assim promover um atendimento pediátrico efetivo , estimulando as boas relações no convívio entre as crianças. OBJETIVOS: Verificar os principais aspectos do bullying e suas práticas, como isso interfere na saúde de infantes, permeando o conhecimento dessa dinâmica, pode auxiliar médicos na qualidade do atendimento, bem como estimular práticas de tolerância para os pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, entre os dias 09 a 12 de agosto, onde foram pesquisados artigos sobre o tema, publicados no período de janeiro de 2017 a julho de 2022 nas bases de dados: SciELO Brasil, LILACS, PubMed e Scopus; em língua portuguesa ou inglesa, disponíveis gratuitamente em sua íntegra. Os descritores - vinculados ao DeCS/MeSH - foram: bullying, educação médica, criança e comportamento das crianças; ambos os descritores foram manejados com o operador booleano “AND”. A busca resultou em 24 publicações (nenhuma na SciELO Brasil e na LILACS, seis na PubMed e dezoito na Scopus). Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão utilizados pelo estudo - leitura dos títulos e resumos - foram selecionados 6 artigos. PRINCIPAIS RESULTADOS: As amostras dos artigos selecionados referenciam alunos matriculados em colégios primários, de diferentes regiões do mundo, e suas relações com o ambiente escolar, além de intervenções anti-bullying, que também acabam fazendo parte de estratégias em saúde, na medida em que lidam com determinantes sociais. Indícios da correlação entre bullying e transtorno comportamental se fizeram presentes nos artigos estudados, com possibilidade de interfaces genéticas ainda desconhecidas. Dessa forma, um atendimento pediátrico que visa promover tanto a tolerância, quanto a qualidade do suporte aos personagens do bullying, precisa considerar que esse comportamento, o qual persiste no ambiente escolar, possui diversas variações e impactos na vida das crianças, sob ponto de vista psicológico ou social. Sendo assim, torna-se essencial que o profissional compreenda que o meio no qual essa criança está inserida é determinante e deve ser ponderado em um possível método terapêutico. CONCLUSÕES: O reconhecimento, por parte do médico, dos comportamentos e consequências que permeiam o bullying em fase escolar, é de extrema importância mediante a sua responsabilidade em promover um atendimento centrado na individualidade destes pacientes. Ademais, práticas antibullying em contexto escolar também podem contribuir para a promoção da saúde, na medida em que auxiliam na formação de cidadãos mais tolerantes e menos agressivos.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
ISSN 2764-2135