TESTE DE AGILIDADE EM ATLETAS DE BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
INTRODUÇÃO: O projeto de extensão “Acessibilidade em Saúde: Interdisciplinaridade em Ação”, permite que acadêmicos de diferentes cursos atuem frente a diversos públicos e entidades, como é o caso dos estudantes de fisioterapia que atuam junto à Associação Santa-Cruzense de Pessoas com Deficiência Física (ASPEDE), em especial nos treinos, jogos amistosos e campeonatos do time de basquete em cadeira de rodas, que ocorrem no município de Santa Cruz do Sul e em outras cidades do Estado. A fisioterapia atua em muitas áreas e a desportiva é uma delas, sendo assim no paradesporto também se atua sendo bastante necessário, se considerarmos que os atletas apresentam diferentes alterações musculoesqueléticas e neurológicas. OBJETIVO: Relatar a experiência dos bolsistas, junto ao time de basquete em cadeira de rodas da ASPEDE quanto ao teste de agilidade realizado em dezembro de 2021 e em maio de 2022. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência dos bolsistas voluntários e docente responsável que, semanalmente atua junto ao time no Clube União Corinthians. Todos atletas a cada início de ano passam por uma avaliação e dentre os testes realizados está o teste de agilidade em que o atleta, sentado na cadeira de rodas, realiza um ziguezague entre 5 cones afastados 1 metro e se cronometra o tempo de ida e volta. Além da avaliação, são realizados treinos específicos para prevenção de lesões na prática esportiva com aquecimentos, alongamentos, fortalecimentos, mobilidade, propriocepção e relaxamento e tratamento em regiões corporais com sintomatologia dolorosa, visando melhorar o desempenho dos jogadores durante os jogos. RESULTADOS: O projeto realiza as atividades durante 9 meses ao ano junto aos 12 atletas da ASPEDE, todos são do sexo masculino, com idades entre 13 e 35 anos, e com patologias congênitas e adquiridas. Em 9 de dezembro de 2021 foi avaliada a agilidade dos atletas, após o período de férias de 1 mês, os atletas voltaram aos treinamentos, entretanto o trabalho fisioterapêutico só reiniciou 3 meses após, sendo então reavaliados. Em dezembro os atletas tinham o maior tempo de 15,12 segundos e o menor de 11,6 segundos; em maio 15,54 segundos como maior tempo e 6,43 segundos como menor tempo. Estes resultados mostraram que alguns atletas, em maio, obtiveram um melhor tempo de deslocamento, sendo mais rápidos e outros não. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Consideram-se como possíveis fatores da melhora dos resultados de alguns atletas a mudança de quadra e as atividades físicas realizadas durante os meses de recesso que permitiu manter a forma corporal e a agilidade. Entretanto, outros atletas apresentaram menor agilidade no retorno, o que pode ser justificado pela falta de treinos e falta de exercícios físicos continuados, assim como aumento de peso corporal. Observou-se a importância desta prática de extensão e acompanhamento junto aos atletas, não só para eles, mas também para os acadêmicos do Curso de Fisioterapia, pois quanto mais atuações reais na formação acadêmica, maior a preparação para o exercício profissional posterior.
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ISSN 2764-2135