MORDIDA ABERTA ANTERIOR: TRATAMENTOS REALIZADOS PELO PROJETO CORRENTE DO BEM RIO PARDO

Kelly Andressa Haas Fonseca, Martina Fiegenbaum Wingert, Jenniffer Scapini Paludo, Michele Inês Baierle, Roque Wagner

Resumo


INTRODUÇÃO: A mordida aberta anterior é uma má oclusão frequente na população infantil, apresentando características como falta de contato vertical entre os dentes antagonistas na região anterior, o que está associado a diversos fatores que impedem o crescimento ósseo e posição dental adequados. O papel do Projeto Corrente do Bem é, entre tantos outros, o de diagnosticar pacientes que apresentam essa desordem, oferecer tratamento e acompanhamento. OBJETIVO: Trata-se de um relato de experiência sobre tratamentos realizados em casos de mordida aberta anterior, diagnosticados pelo Projeto Corrente do Bem Rio Pardo (PCBRP), que visa evidenciar as causas desse problema, suas características, mostrar os casos encontrados e seu acompanhamento. METODOLOGIA: A mordida aberta anterior é encontrada em pacientes que, provavelmente possuem o hábito de chupeta, sucção digital, interposição de língua ou respiração bucal, sendo acometidos com o aprofundamento do palato e má posicionamento dentário, além de desequilibrar o sistema autoimune através da respiração bucal associada, prejudicar a fonação, apresentar gengivas inflamadas, entre outros. Pelo PCBRP, avaliam-se pacientes de Rio Pardo e Vera Cruz, diagnosticando qualquer desordem oclusal/dentária, que inclui as mordidas abertas anteriores, e realiza-se, o tratamento, orientações e acompanhamento de maneira gratuita. Os atendimentos são realizados nas respectivas cidades beneficiadas, em Posto de Saúde/ Estratégia de Saúde e da Família, ou na Clínica de Odontologia da UNISC. RESULTADOS: No ano de 2022, diagnosticou-se 5 pacientes com mordida aberta anterior, e destes 4 já foram contemplados com o tratamento, que para esses casos, é um aparelho ortodôntico móvel e exercícios para selamento labial. O aparelho é composto por grampos de retenção e uma grade palatina, envolvidos em resina acrílica, que impede a língua de tocar os dentes anteriores, e dessa forma possibilita a arcada dentária de se reposicionar adequadamente. Depois da entrega do aparelho, o paciente deve seguir todas as orientações de como usar, guardar e higienizar, e ainda segue em acompanhamento, para que os integrantes do PCBRP consigam identificar o sucesso do tratamento, seu uso, ou se precisa alguma alteração. Para que o tratamento seja satisfatório, é imprescindível a cooperação do paciente, e incentivo dos responsáveis. CONCLUSÃO: O PCBRP proporciona para Rio Pardo e Vera Cruz a avaliação ortodôntica, que permite a muitas crianças, às vezes desassistidas de informação e condições financeiras, um diagnóstico e tratamento precoce, que impedem maiores problemas de saúde bucal e geral no futuro. Do ponto de vista dos bolsistas do Projeto, aprender a diagnosticar essa alteração, tratar, dar as orientações e acompanhar é muito satisfatório e de grande valia para o futuro profissional. E do ponto de vista dos pacientes, seus responsáveis, e autoridades das duas cidades, pode-se perceber que se sentem gratos e felizes por serem contemplados.


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ISSN 2764-2135