VEDAMENTO DE PERFURAÇÃO INTRACANAL E CIMENTAÇÃO DE NÚCLEO BIPARTIDO PARA POSTERIOR CIMENTAÇÃO DE PRÓTESE FIXA UNITÁRIA.
Resumo
Palavra-chave: perfuração radicular, endodontia, pinos-intracanais, reparo, iatrogenia.Introdução: A perfuração das paredes do canal radicular é um dos acidentes mais desagradáveis que o cirurgião dentista pode enfrentar, pois além de comprometer o prognóstico é um grande desafio tentar repará-lo. Ocupando o segundo lugar nas causas mais comuns de insucesso do tratamento endodôntico, nada mais é do que uma comunicação entre a cavidade pulpar e os tecidos periodontais, podendo ser causada por erro durante o acesso à câmara pulpar, falha durante o preparo químico-mecânico ou perfurações durante o preparo para pinos intracanais. O êxito do reparo irá depender da localização da perfuração, o tempo decorrido, amplitude, contaminação e habilidades do operador. Objetivo: Relatar um caso clínico sobre selamento de perfuração radicular com MTA para posterior cimentação de um núcleo bipartido. Relato de caso: A paciente de 56 anos, sexo feminino, foi encaminhado para o projeto de extensão "Reabilitando sorrisos em busca da melhor qualidade de vida da população - estética e cosmética" durante sua passagem pela disciplina de prótese fixa da Universidade de Santa Cruz do Sul, em função de uma perfuração do canal radicular mesiovestibular do dente 46. Está perfuração ocorreu durante a desobturação do mesmo, para fins protéticos e foi identificado através do exame clínico, nele foi observado sangramento espontâneo derivado do conduto. Após avaliação da situação e discussão do caso, o dente foi selado e encaminhado para o projeto onde o tratamento proposto consistiu no vedamento da perfuração, cimentação definitiva do núcleo bipartido e posterior cimentação da prótese fixa. Após a remoção do material de selamento provisório, foi realizado a limpeza dos canais radiculares com hipoclorito de sódio e preenchimento da perfuração com Agregado Trioxido Mineral (MTA). Esse material é bioestimulante, resistente a umidade, apresenta baixa solubilidade e alta aderência a dentina. Feito a aplicação do MTA, sobre ele, utilizou-se o cimento de ionômero de vidro reforçado por resina composta fotoativada, denominado de RIVA. Por apresentar resina em sua composição é mais resistente que o convencional e contém capacidade de liberação de fluor, sendo aplicado sobre o material bioestimulador até parte da entrada do canal mesiovestibular. Por conseguinte, desgastamos a porção do pino que preenchia o canal mesiovestibular, e cimentamos as porções do núcleo que preencheram os canais distovestibular e distal com cimento de fosfato de zinco, na sequência adequamos e cimentamos o dente provisório previamente confeccionando na prótese e liberamos a paciente do projeto para seguir tratamento protéticos. Conclusão: O prognóstico e o sucesso que teremos quando tratamos clinicamente uma falha e ou erro no procedimento efetuado, irá depender de diversos quesitos tais como: bom senso, habilidades do profissional para resolver o caso e o tipo de material selecionado para tratar a perfuração. Assim, seguindo os devidos cuidados e técnica adequada conseguimos resultados bem expressivos no tratamento das perfurações, o que sera o diferencial em manter o elemento dental em boca ou a indicação da extração do dente.
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ISSN 2764-2135