SITUAÇÃO VACINAL DOS ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR PRESENCIAL NA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
Resumo
INTRODUÇÃO: A doença infecciosa altamente contagiosa causada pelo vírus (SARS-CoV-2), teve um efeito catastrófico na demografia mundial, resultando em mais de 6 milhões de mortes em todo o mundo até março de 2022, surgindo como a crise de saúde global mais consequente desde a era da pandemia de influenza de 1918. O ensino superior presencial sofreu grandes adaptações durante a pandemia, como ensino remoto e posteriormente híbrido com o início das flexibilizações, onde alunos e professores tiveram que se adequar a mudanças inesperadas. Após um ano do início da pandemia, vacinas contra SARS-CoV-2 estavam disponíveis como fonte de esperança para retorno às rotinas da vida diária, usando várias metodologias, incluindo mRNA (Pfizer-BioNTech), vetor adenoviral (Oxford-AstraZeneca, Janssen-Johnson & Johnson, Gam-COVID-Vac, Sputnik-V e vacina COVID-19 com vetor Ad5) e tecnologia de DNA recombinante (NVX-CoV2373: Novavax). OBJETIVO: Descrever o status vacinal dos estudantes do ensino superior com aulas presenciais no campus de Santa Cruz do Sul no segundo semestre de 2021 e primeiro semestre de 2022. METODOLOGIA: Refere-se a um estudo transversal com universitários de todos os cursos de graduação da UNISC para monitorar a prevalência de SARS-CoV-2 no retorno à presencialidade. O estudo foi dividido em quatro etapas, sendo duas no segundo semestre de 2021 e duas no primeiro semestre de 2022. Iniciou nos dias 27 de setembro a 01 de outubro, a segunda etapa 18 a 22 de outubro de 2021, a terceira 21 a 23 de março e a última nos dias 06 a 10 de junho de 2022. A amostra teve o total de 540 estudantes em cada etapa, onde foram sorteados de forma aleatória, aceitando participar, preenchiam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) digital, respondiam um questionário autoaplicável e após realizavam a coleta do teste rápido de antígeno para SARS-CoV-2. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 4.974.716. Os dados coletados foram armazenados em banco de dados e analisados por meio de estatística descritiva pelo programa Stata® versão 11. RESULTADOS: Verificou-se que na etapa inicial ocorrendo no segundo semestre de 2021, o status vacinal dos estudantes era de 69,5% sendo a prevalência maior da classe adenoviral (AstraZeneca) com cerca de 49,9% seguido de 25,5% do tipo mRNA (Pfizer), foi possível observar também, um elevado número de estudantes com as duas doses completas totalizando 69,5%. Na segunda etapa houve um aumento significativo de quase 10% levando em consideração o curto intervalo da etapa anterior, chegando a 75% de vacinados na qual a prevalência seguiu da AstraZeneca com 44,6% e 75% dos estudantes com duas doses. Na terceira etapa, com o início das doses de reforço, e maior espaço de tempo, foi constatado 89,6% com o esquema vacinal completo e na última etapa, foi observado uma queda de 3% indicando 86,6% com a condição vacinal atualizada e 12,4% com algum atraso. CONCLUSÃO: Observou-se um aumento na cobertura vacinal dos estudantes ao longo do período analisado, o que contribui para a diminuição da circulação viral e segurança no retorno às atividades presenciais. Destaca-se a maior prevalência da vacina AstraZeneca com o mecanismo de ação adenoviral infeccioso não replicante. Ressalta-se a importância da continuação de campanhas preventivas e de incentivo a vacinação como forma de garantir a manutenção da alta cobertura vacinal, diminuindo a transmissão do vírus entre a população.
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ISSN 2764-2135