DESENVOLVIMENTO DE UM BANCO EM MATERIAL COMPÓSITO DE UM VEÍCULO OFF-ROAD DO TIPO BAJA

Resumo

A equipe Baja de Galpão é um projeto de extensão da Universidade de Santa Cruz do Sul. O projeto consiste em projetar, construir e gerenciar um veículo off-road do tipo Baja, participando de duas competições anuais realizadas pela SAE (Society of Automotive Engineers). As competições são divididas em diversas etapas, dentre as quais se destacam o envio prévio de um relatório, as dinâmicas com o veículo, como provas de aceleração, suspensão e manobrabilidade, o enduro (corrida), e as apresentações de projeto, em que os alunos devem tratar e justificar as novas melhorias desenvolvidas no veículo.

Em 2020, a equipe Baja de Galpão tornou-se campeã da competição baja SAE Brasil – Etapa Nacional, sendo a primeira equipe da região sul do país a realizar tal feito. Essa conquista possibilitou com que a UNISC representasse o Brasil em uma competição internacional no ano de 2022, em que os principais resultados foram o terceiro lugar na apresentação de projetos e o segundo lugar no enduro. Com isso, é perceptível o nível de comprometimento necessário de todos os integrantes e a grande responsabilidade que existe em expor o nome da Universidade de Santa Cruz do Sul da melhor maneira possível em cenário Nacional.

Dessa forma, visando aperfeiçoar o projeto e trazer resultados positivos para dentro da universidade, a equipe busca continuamente melhorias a serem implementadas no veículo de maneira que tais propostas estejam alinhadas com as expectativas dos juízes das competições, com tendências automobilísticas, e com o conceito do carro, estabelecido desde os princípios do projeto. Com relação a isso, para o sistema de Design e Ergonomia, que engloba desde a manufatura da estrutura do veículo, até análises aprofundadas sobre os níveis de conforto e desempenho do piloto dentro do carro, o banco foi um dos principais assuntos desenvolvidos.

Para efeitos comparativos, no ano de 2020 o banco utilizado foi comprado por 462 reais, contendo sua estrutura em fibra de vidro e com espumas já definidas, não existindo possibilidades de alteração para melhorar a interação com o piloto. Para o ano de 2022, uma das metas para o sistema era fabricar um banco de acordo com estudos ergonômicos, facilitando também a manutenção dele e implementando possibilidades de adaptação para diferentes pilotos. Tais estudos partiram de referências como IIDA e normas regulamentadoras, dando-nos credibilidade para justificar tais alterações, acrescidas ainda ao fato de fabricarmos as espumas em módulos com diferentes densidades e a diminuição dos custos do banco pela metade. Porém, mesmo com as diversas alterações feitas e um ótimo desempenho nas apresentações de projeto, um dos principais feedbacks de juízes e de pilotos nas competições foi sobre o assento do banco e a possibilidade de aumentar a área de contato com o piloto. Acrescido a isso, a busca incessante por atender a tendências mercadológicas nos trouxe a convicção de desenvolver um novo banco com a estrutura em material compósito, otimizando assim nossos índices com relação a massa, aparência, confiabilidade e conforto.