AULAS REMOTAS E SEU IMPACTO NA APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA

Bárbara Susanne Etges, Jerto Cardoso da Silva

Resumo


O resumo aqui desenvolvido apresenta um recorte do trabalho de conclusão intitulado “Impactos das aulas remotas para os estudantes do curso de psicologia durante a pandemia do covid-19”, concluído em 2022. A pandemia da COVID-19 obrigou diversas escolas e universidades a modificarem a modalidade de ensino a fim de evitar a disseminação do vírus e proteger populações de risco. Com o intuito de dar prosseguimento às aulas, uma alternativa emergente foi o ensino remoto através das tecnologias de informação e comunicação. Dessa forma, esta pesquisa objetivou verificar as percepções de estudantes universitários do curso de psicologia de uma universidade no interior do Rio Grande do Sul sobre as aulas remotas durante a pandemia. Além disso, compreender a percepção desses acadêmicos quanto ao processo de aprendizagem nas aulas remotas. A pesquisa é de natureza quantitativa e contou com a participação de 77 estudantes entre o quinto e o décimo segundo semestre do curso. O instrumento de coleta de dados foi um questionário via Google Forms. Os dados resultantes da coleta foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) for Windows 20.0 através da estatística descritiva (frequência e percentual). Ao serem questionados se às aulas remotas em relação às aulas presenciais têm a mesma qualidade de aprendizagem em escalas de 1 (Discordo Totalmente) a 5 (Concordo Totalmente), a maioria deles marcaram as opções 2 (29,9%) e 3 (31,2%). Questionados se, levando em consideração os conteúdos que foram aprendidos durante as aulas remotas, sentem-se confiantes com o conhecimento adquirido, através de uma escala de 1 (pouco confiante) a 5 (muito confiante), as alternativas mais frequentes foram a 3 (29,9%) e 4 (31,2%). Na próxima questão relacionada à qualidade do ensino remoto comparado a aula presencial, podemos afirmar que a maioria dos alunos considera que a qualidade do ensino remoto piorou um pouco (63,6%). Verifica-se que não houve queda significativa no processo de aprendizagem com a modalidade remota. Desse modo, o ensino emergencial deu conta do processo de aprendizagem dos alunos, mesmo que em proporção menor. Contudo, entre os fatores que influenciaram no processo de aprendizagem dos alunos elenca-se o fato de os estudantes estarem em estarem em casa, na frente de um computador, onde a internet pode oscilar o tempo todo, não ter um ambiente organizado e propício para o estudo em casa, além de equipamentos eletrônicos adequados. Também, necessitarem realizar um esforço maior para manter a concentração devido a distrações no ambiente e, por fim, o isolamento social decorrente da pandemia, impactando o empenho e engajamento nas aulas. Dessa forma, não basta apenas migrar os recursos metodológicos e didáticos feitos para a sala de aula para um ambiente virtual, pois envolve formas de aprender e ensinar em diferentes espaços. Por fim, nota-se uma queda na qualidade na aprendizagem não bastando apenas migrar o ensino presencial para um ensino mediado pela tela do computador. É preciso investigar as consequências desta modalidade na aprendizagem dos alunos. Espera-se que o estudo instigue uma investigação mais detalhada sobre os processos que envolvem o ensinar na tela do computador e seu impacto.

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ISSN 2764-2135