O PERFIL DA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA QUE É ATENDIDA PELO PROJETO DE EXTENSÃO – ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR

Thaila Luana Concatto, Eduardo Ritt

Resumo


O presente resumo pretende apontar o perfil da vítima de violência doméstica, que é atendida pelo projeto de extensão, enfrentamento da violência doméstica e familiar, direitos e garantias legais da mulher agredida desenvolvido no interior da delegacia de polícia de Sobradinho. No município de Sobradinho, percebe-se um número não tão alto comparado com relação aos demais municípios, uma vez que a delegacia de Polícia de Sobradinho, não só atende mulheres vítimas de violência do município em si, mas de municípios os quais a delegacia também presta atendimento, que são: Lagoa Bonita do Sul, Segredo, Passa Sete, Ibarama e Lagoão. Além disso, percebe-se que o perfil das mulheres vítimas são considerados ecléticos, uma vez que as idades também se diversificam muito. Há vítimas entre 20 anos de idade até 60 anos de idade. As mulheres que vão para realizar registro de ocorrência, geralmente são de baixa escolaridade, que chegam sem nenhum conhecimento e buscam ali também sanar suas dúvidas quanto a direitos a bens, guarda dos filhos, etc. Em se tratando de classe social, ambas as mulheres sofrem essas agressões, não só mulheres de classe baixa como a maioria da sociedade acredita ser. Há, além do mais, grande demanda não só de violência física, como também psíquica, onde agressores ameaçam gravemente as vítimas de várias formas possíveis. Os agressores consequentemente são ex-companheiros e cônjuges, que não aceitam o término, em se tratando de ex. Os que se sentem na obrigação de “dominar” a mulher, que acreditam ter posse e serem dono das mesmas ou ainda nesse caso, os que diante de brigas e discussões referentes ao relacionamento “acabam” as agredindo “sem querer” de maneira que se torna algo corriqueiro no relacionamento do casal. Não se pode não falar das vítimas que após realizarem registro de ocorrência e serem feitas intimações para oitiva dos agressores, as mesmas serem procuradas pelos ex-companheiros/cônjuges para que seja retirada a denuncia feita. Aqui na região acontece diversos casos como esse, a vítima é procurada, ouve o agressor, ouve a proposta de mudança e pedido de tentativa e assim, volta a delegacia de polícia para realizar uma declaração renunciando o interesse de seguir com processo. Muitas mulheres são perseguidas e ameaçadas para que seja sim retirada a denunciação, elas são coagidas a abrir mão de um direito, de serem protegidas perante a lei. Não obstante, salientamos aqui a grande importância desse projeto em parceria com a UNISC, uma vez que a medida em que há o acolhimento dessas mulheres vítimas, também há auxílio nas questões jurídicas das mesmas.

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ISSN 2764-2135