A ORGANIZAÇÃO DO PIBID/QUÍMICA E AS ATIVIDADES REALIZADAS PELOS BOLSISTAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA
Resumo
O Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid, foi lançado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES em
2007 por meio da Portaria Normativa nº 38 voltado inicialmente para as
instituições públicas federais de ensino superior tendo como meta qualificar a
formação de professores e a docência na educação básica. Visa integrar
estudantes da licenciatura, professores das escolas de educação básica e
professores da instituição de ensino superior. Esse trabalho apresenta
considerações iniciais de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida no
subprojeto Pibid/Química de uma instituição de ensino superior do Rio Grande do
Sul. Com objetivo acompanhar e avaliar o Pibid-subprojeto química com vistas a
identificar como as atividades realizadas influenciam na formação inicial. Trata-se
de uma pesquisa-ação (BARBIER, 2005). Os dados são coletados por meio de
questionários e de um diário de bordo. A IES teve seu primeiro projeto
institucional aprovado em 2010 e tornou-se desde então parceira do Programa.
Iniciou com cinco subprojetos sendo um deles interdisciplinar. Contando
inicialmente com 100 bolsas distribuídas entre estudantes da licenciatura,
professores da educação básica e professores da universidade. A química se
integrou ao subprojeto interdisciplinar (Biologia, Química e Educação Física) em
2011/2 com dois discentes da licenciatura, bolsistas de iniciação à docência. No
ano de 2012 com a ampliação do projeto institucional foi inserido o subprojeto
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
Química com 28 vagas para a iniciação à docência. E com o edital de 2014
ampliou as bolsas da Química passando a contar com três coordenadores de
área e 30 bolsistas de iniciação à docência. Os bolsistas estão divididos em 12
escolas parceiras sendo oito estaduais e cinco municipais, e o subprojeto Química
realiza atividades em 11 delas. Grande parte dos bolsistas ID está iniciando a
licenciatura e as disciplinas básicas do início do curso auxiliam nos conceitos
específicos de Química. Com o passar do tempo os bolsistas ID vão perdendo a
insegurança e se familiarizando com a prática docente. Segundo informações
registradas, no diário de bordo da pesquisadora, advindas de diálogos com a
coordenação do curso e com a coordenação de área do subprojeto Química
identifica-se que a parceria com o Pibid possibilitou um aumento discreto no
número de estudantes da licenciatura. O Programa foi lançado para fortalecer as
licenciaturas tendo em vista a diminuição considerável de ingressantes nos
últimos anos. Na IES investigada são 12 subprojetos do Pibid que desenvolvem
atividades em 12 escolas parceiras com 22 bolsas para coordenação de área, 75
bolsas de supervisor e 375 bolsas para a iniciação à docência. A dinâmica de
organização do Pibid nessa instituição é diferenciada, pois os subprojetos estão
em todas as escolas parceiras. colocando os licenciandos nas escolas antes dos
estágios supervisionados da graduação fazendo com que se familiarizem com a
escola e iniciem a sua carreira profissional antes mesmo de concluírem a
licenciatura. No início de cada ano letivo a coordenação institucional faz uma
reunião com todos os supervisores das escolas parceiras e os coordenadores de
área da IES a fim de fazer a distribuição dos bolsistas nas escolas com os seus
respectivos supervisores. A operacionalização desse processo é muito
interessante, pois primeiro os bolsistas supervisores, professores das escolas
parceiras, se reúnem com os coordenadores de área em um sábado e no sábado
subsequente recebem os bolsistas de iniciação à docência na escola com uma
atividade de integração. Essa solicitação parte da coordenação institucional que
entende a necessidade de que todos os bolsistas que estão em uma mesma
escola, independente do subprojeto, se conheçam e organizem os seus horários,
conheçam os espaços da escola, sejam apresentados as equipes gestoras para
posteriormente conhecerem o Projeto Político Pedagógico da escola, bem como o
Regimento e iniciarem as atividades didático pedagógicas. Sendo essa uma
atividade importante, pois aproxima ainda mais os bolsistas ID da escola. As
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
atividades desenvolvidas pelos bolsistas de Química nas escolas estão voltadas
para monitorias e oficinas. Identifica-se a preocupação do projeto com a
alfabetização científica, pois mesmo sendo licenciandos em Química, os bolsistas
planejam atividades para os anos iniciais e os anos finais do ensino fundamental
com o objetivo de dar significado para os conteúdos de ciências. Segundo
Chassot (1995), qual a alfabetização científica que tem um aluno da periferia de
uma grande cidade [...] que conhece isótonos e isóbaros e não sabe por que o
leite derrama quando ferve e a água não? Duas bolsistas vem desenvolvendo
oficinas de ciências no contra turno para estudantes do 4º e 5º ano que a partir
de respostas para os seus porquês iniciaram pesquisas que resultaram em uma
mostra de ciências em que os estudantes apresentavam seus trabalhos, para os
demais alunos da escola. Cabe destacar que o grupo de bolsistas dessa escola
está organizando o livro dos 99 porquês a partir das curiosidades das crianças. É
relevante a fala da diretora da escola onde essas oficinas ocorrem, pois coloca
que os pais dos alunos aprovam as oficinas e fazem questão da participação dos
seus filhos. Outro fato a ser destacado é a participação intensa dos bolsistas em
seminários de educação, encontros de química, com a escrita e divulgação das
experiências docentes, formando o profissional reflexivo, que reflete na ação, que
aprende com e por meio da prática (SCHÖN, 2000). Em outras escolas os
bolsistas ID tem dificuldade de fazer intervenção diretamente com a turma no
horário de aula, pois nem sempre o horário que o bolsista tem disponível para
estar na escola coincide com o horário do professor do componente curricular
correspondente, ou seja, de Ciências no Ensino Fundamental e de Química no
caso do Ensino Médio. Relatam que quando é possível realizar intervenções
diretas nas aulas dos professores se percebe a motivação dos estudantes e se
sentem satisfeitos. Partindo dessas considerações é possível enfatizar a
importância do Pibid na formação inicial e continuada além de contribuir com a
qualidade de ensino na educação básica. Por esses e outros motivos que
entende-se que o Pibid vem minimizando problemas relacionados com a docência
e investir no Programa é qualificar a educação do país.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES em
2007 por meio da Portaria Normativa nº 38 voltado inicialmente para as
instituições públicas federais de ensino superior tendo como meta qualificar a
formação de professores e a docência na educação básica. Visa integrar
estudantes da licenciatura, professores das escolas de educação básica e
professores da instituição de ensino superior. Esse trabalho apresenta
considerações iniciais de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida no
subprojeto Pibid/Química de uma instituição de ensino superior do Rio Grande do
Sul. Com objetivo acompanhar e avaliar o Pibid-subprojeto química com vistas a
identificar como as atividades realizadas influenciam na formação inicial. Trata-se
de uma pesquisa-ação (BARBIER, 2005). Os dados são coletados por meio de
questionários e de um diário de bordo. A IES teve seu primeiro projeto
institucional aprovado em 2010 e tornou-se desde então parceira do Programa.
Iniciou com cinco subprojetos sendo um deles interdisciplinar. Contando
inicialmente com 100 bolsas distribuídas entre estudantes da licenciatura,
professores da educação básica e professores da universidade. A química se
integrou ao subprojeto interdisciplinar (Biologia, Química e Educação Física) em
2011/2 com dois discentes da licenciatura, bolsistas de iniciação à docência. No
ano de 2012 com a ampliação do projeto institucional foi inserido o subprojeto
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
Química com 28 vagas para a iniciação à docência. E com o edital de 2014
ampliou as bolsas da Química passando a contar com três coordenadores de
área e 30 bolsistas de iniciação à docência. Os bolsistas estão divididos em 12
escolas parceiras sendo oito estaduais e cinco municipais, e o subprojeto Química
realiza atividades em 11 delas. Grande parte dos bolsistas ID está iniciando a
licenciatura e as disciplinas básicas do início do curso auxiliam nos conceitos
específicos de Química. Com o passar do tempo os bolsistas ID vão perdendo a
insegurança e se familiarizando com a prática docente. Segundo informações
registradas, no diário de bordo da pesquisadora, advindas de diálogos com a
coordenação do curso e com a coordenação de área do subprojeto Química
identifica-se que a parceria com o Pibid possibilitou um aumento discreto no
número de estudantes da licenciatura. O Programa foi lançado para fortalecer as
licenciaturas tendo em vista a diminuição considerável de ingressantes nos
últimos anos. Na IES investigada são 12 subprojetos do Pibid que desenvolvem
atividades em 12 escolas parceiras com 22 bolsas para coordenação de área, 75
bolsas de supervisor e 375 bolsas para a iniciação à docência. A dinâmica de
organização do Pibid nessa instituição é diferenciada, pois os subprojetos estão
em todas as escolas parceiras. colocando os licenciandos nas escolas antes dos
estágios supervisionados da graduação fazendo com que se familiarizem com a
escola e iniciem a sua carreira profissional antes mesmo de concluírem a
licenciatura. No início de cada ano letivo a coordenação institucional faz uma
reunião com todos os supervisores das escolas parceiras e os coordenadores de
área da IES a fim de fazer a distribuição dos bolsistas nas escolas com os seus
respectivos supervisores. A operacionalização desse processo é muito
interessante, pois primeiro os bolsistas supervisores, professores das escolas
parceiras, se reúnem com os coordenadores de área em um sábado e no sábado
subsequente recebem os bolsistas de iniciação à docência na escola com uma
atividade de integração. Essa solicitação parte da coordenação institucional que
entende a necessidade de que todos os bolsistas que estão em uma mesma
escola, independente do subprojeto, se conheçam e organizem os seus horários,
conheçam os espaços da escola, sejam apresentados as equipes gestoras para
posteriormente conhecerem o Projeto Político Pedagógico da escola, bem como o
Regimento e iniciarem as atividades didático pedagógicas. Sendo essa uma
atividade importante, pois aproxima ainda mais os bolsistas ID da escola. As
Universidade de Santa Cruz do Sul – Santa Cruz do Sul/RS
atividades desenvolvidas pelos bolsistas de Química nas escolas estão voltadas
para monitorias e oficinas. Identifica-se a preocupação do projeto com a
alfabetização científica, pois mesmo sendo licenciandos em Química, os bolsistas
planejam atividades para os anos iniciais e os anos finais do ensino fundamental
com o objetivo de dar significado para os conteúdos de ciências. Segundo
Chassot (1995), qual a alfabetização científica que tem um aluno da periferia de
uma grande cidade [...] que conhece isótonos e isóbaros e não sabe por que o
leite derrama quando ferve e a água não? Duas bolsistas vem desenvolvendo
oficinas de ciências no contra turno para estudantes do 4º e 5º ano que a partir
de respostas para os seus porquês iniciaram pesquisas que resultaram em uma
mostra de ciências em que os estudantes apresentavam seus trabalhos, para os
demais alunos da escola. Cabe destacar que o grupo de bolsistas dessa escola
está organizando o livro dos 99 porquês a partir das curiosidades das crianças. É
relevante a fala da diretora da escola onde essas oficinas ocorrem, pois coloca
que os pais dos alunos aprovam as oficinas e fazem questão da participação dos
seus filhos. Outro fato a ser destacado é a participação intensa dos bolsistas em
seminários de educação, encontros de química, com a escrita e divulgação das
experiências docentes, formando o profissional reflexivo, que reflete na ação, que
aprende com e por meio da prática (SCHÖN, 2000). Em outras escolas os
bolsistas ID tem dificuldade de fazer intervenção diretamente com a turma no
horário de aula, pois nem sempre o horário que o bolsista tem disponível para
estar na escola coincide com o horário do professor do componente curricular
correspondente, ou seja, de Ciências no Ensino Fundamental e de Química no
caso do Ensino Médio. Relatam que quando é possível realizar intervenções
diretas nas aulas dos professores se percebe a motivação dos estudantes e se
sentem satisfeitos. Partindo dessas considerações é possível enfatizar a
importância do Pibid na formação inicial e continuada além de contribuir com a
qualidade de ensino na educação básica. Por esses e outros motivos que
entende-se que o Pibid vem minimizando problemas relacionados com a docência
e investir no Programa é qualificar a educação do país.
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