PIBID INFORMÁTICA: ATIVIDAES DIFERENCIADAS PARA CRIANÇAS E JOVENS

Ana Paula Mueller, Jackson Artur Colombo Gass, Joseane Cecilda Reis Werner, Patrícia Taline Simianer

Resumo


As práticas docentes são muito importantes para a qualificação dos futuros
professores, e quando se trata de educação é fundamental levar aos alunos
conteúdos e atividades diferentes e atrativas.
Nesse caso a prática se torna a base da reconstrução teórica, dando
sentido ao estudo e aprofundamento de seus pressupostos. A teoria,
também, se distancia das meta-narrativas generalistas e inquestionáveis.
Antes, se constitui em construtos que podem orientar a compreensão da
prática, num processo intermediado por interpretações subjetivas e
culturais, que resinifiquem a teoria para contextos específicos. (CUNHA,
2011, p.100-101).
O Programa Institucional de Bolsas de iniciação à Docência – PIBID tem como
objetivo inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de
educação, para favorecer oportunidades de criação e participação em
experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes e contribuir para a
articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes. O
subprojeto de Informática, da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, realiza
atividades na Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário, no
turno da tarde, pelas acadêmicas Patricia Taline Simianer e Joseane Reis Werner
com os alunos surdos. As atividades são especialmente planejadas para estes
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alunos que possuem necessidades especiais para que compreendam os
conteúdos e para os alunos ouvintes dos anos iniciais. Como exemplo das
atividades desenvolvidas destaca-se a apresentação de vídeo de regras do
laboratório de informática, aulas de explicação das partes do computador;
cuidados que devemos ter ao navegar na internet com relação a sites que não
são seguros para evitar o comprometimento do sistema da máquina com
softwares que possam ser prejudiciais, cuidados com componentes do
computador como mouses, teclados, monitores, gabinetes para que possam ser
usados por outros alunos sem que tenham danos, atividades avaliativas do
processo de aprendizagem dos alunos com questões e leitura de textos sobre a
computação, além de atividades com jogos e softwares educativos que propiciam
exercícios de raciocínio lógico. No turno da noite, os acadêmicos Ana Paula
Mueller e Jackson Artur Colombo Gass realizam monitoras com os alunos do
Ensino médio, nas quais ajudamos os grupos de alunos a definirem o tema do
seu projeto que será apresentado para a turma no fim do ano letivo da escola e
auxílios ás atividades, de pesquisa, formatação de trabalhos, criação de slides e
cuidados que devemos ter ao escrever um trabalho com questão de regras e
erros de ortografia no seminário integrado. Os períodos em que não há
atendimento às turmas, os bolsistas realizam organização e manutenção do
laboratório de informática da escola. Também foi realizada uma atividade, com os
alunos da oitava série, para que eles participem I Maratona Unisc de
Computação. Foi ensinado a eles, o Scratch, linguagem de programação bem
acessível por se utilizar de uma interface gráfica e que permite a criação de
histórias animadas, jogos e outros programas interativos. A metodologia utilizada
baseou-se em: Ensino de informática sem o uso do computador, aprendizagem
através de sites educativos e softwares para ampliar o conhecimento obtido em
sala de aula, às vezes a pedido da professora titular; auxílio em desenvolvimento
de trabalhos escolares; desenvolver a tecnologia nas aulas. Segundo Castells
(1999), “As novas tecnologias da informação não são simplesmente ferramentas a
serem aplicadas, mas processos a serem desenvolvidos.” Segundo Moran (1994),
citado por Pachane (2003)
as tecnologias, dentro de um projeto pedagógico inovador, facilitam o
processo de ensino-aprendizagem: sensibilizam para novos assuntos,
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trazem informações novas, diminuem a rotina, nos ligam com o mundo,
aumentam a interação, se comunicam facilmente com o aluno, porque
trazem para a sala de aula as linguagens e meios de comunicação do
dia-a-dia. Ainda desenvolvem as habilidades de pensamento,
comunicação e estrutura lógica.
A partir das atividades realizadas foi possível levar aos alunos uma forma
diferente de aprender informática, não trabalhando apenas no computador, mas
também lendo textos e explicando a funcionalidade de cada parte do computador,
além de possibilitar aos alunos a busca por conteúdos em sites seguros. Também
é interessante frisar o diálogo entre os bolsistas e os supervisores do subprojeto
da escola trocando experiências que já vivenciaram em sala de aula e trocando
conhecimento, colaborando, assim, no planejamento das oficinas para um
resultado satisfatório para a escola e bolsistas do projeto. Para os bolsistas PIBID
do curso de Licenciatura em Computação esta oportunidade de contato com as
rotinas escolares, realização de atividades com os alunos e contato com ambiente
escolar é fundamental e extremamente enriquecedora, para adquirir experiência
diante da sala de aula para uma futura prática docente experimentar formas
diferentes de atuação e, também, de ver que nem tudo o que se aprende na teoria
estudada se dá da mesma forma na prática, e assim resultando numa formação
de professores mais qualificada, além de melhorar o ensino das escolas públicas.

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