PELO DIREITO DE TER FÉ: RESISTÊNCIA E LUTA PELA GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS DOS POVOS DE TERREIRO DO CARIRI

Marcela Melo de Carvalho

Resumo


O presente trabalho visa refletir acerca da luta dos “povos de terreiro”, do Cariri pela garantia de direitos humanos e fundamentais ligados à expressão de sua religiosidade, garantidos tanto pela Constituição Federal em vigor como por diversos tratados no âmbito dos Direitos Humanos. Dentro dessa perspectiva, pretende-se analisar ações como a Caminhada pela Liberdade Religiosa, evento que já está em sua sétima edição. Sob o lema “Pelo direito de ter fé”, candomblecistas, simpatizantes e membros de diversos movimentos sociais saem às ruas de Juazeiro do Norte - região tradicionalmente ligada ao catolicismo popular - com suas indumentárias religiosas, reivindicando o direito de professar sua religião, pregando a convivência pacífica com as demais religiões, o respeito mútuo, e a luta por um Estado de fato laico. Mais do que um ato de visibilidade e empoderamento, a Caminhada pela Liberdade Religiosa de Juazeiro do Norte se mostra um ato pela luta e resistência de suas tradições religiosas e pela garantia e efetividade dos direitos humanos.

Optou-se pelo uso de termos como “povos de terreiro” e “religiões de matrizes africanas” por entender que este termo engloba tanto casas de candomblé, umbanda, jurema sagrada ou alguma outra forma de religiosidade com raízes africanas. Embora se esteja ciente das diferenças entre elas, reconhece-se o elo da ancestralidade africana em comum e que para este trabalho, impõem mais do que suas diferenças.


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