TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO INDIVIDUALIZADO NO PACIENTE COM PÉ DIABÉTICO PÓS-AMPUTAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO

LISIANE LISBOA CARVALHO, ELISA SCHROEDER

Resumo


Introdução: O Pé Diabético é o termo empregado para nomear as diversas alterações e complicações ocorridas, isoladamente ou em conjunto, nos pés e nos membros inferiores dos diabéticos. O pé diabético é caracterizado pela presença de pelo menos uma das seguintes alterações: neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas, que podem ocorrer no pé do paciente portador de diabetes. Um dos maiores e mais graves problemas destes indivíduos é o desenvolvimento de úlceras na extremidade inferior, geralmente precursoras da amputação. Objetivo: Explanar o tratamento fisioterapêutico individualizado realizado durante o atendimento de uma paciente pós-amputação. Métodos: Estudo de caso individual desenvolvido na ESF Glória/Imigrante, na cidade de Santa Cruz do Sul, durante as atividades do Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva I do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, no período de março a junho de 2015. Resultados: Uma mulher de 67 anos, aposentada, sedentária, com histórico de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Meliitus tipo 2. Ao realizar visita domiciliar, a paciente relata que sofreu uma lesão no pé havia dois anos o que levou à amputação dos dedos do pé esquerdo. A amputação ainda estava em fase de cicatrização, como também havia uma lesão na parte medial do pé direito. A paciente negou hábitos de etilismo e tabagismo. Na inspeção constatou-se sobrepeso, sem edema aparente, cicatriz de retirada de veia safena em membros inferiores, hipotrofia em membros superiores e inferiores, auxílio de andador para deambular. No atendimento fisioterapêutico foi utilizado a ultrassom com parâmetros ajustados em modo contínuo, 1 MHZ e 1W de intensidade, durante 10 minutos, para promover cicatrização de escaras de ambos os pés. Exercícios de fortalecimento de membros inferiores com carga de faixa elástica e bola 10 (fortalecendo adutores, abdutores e flexores). Deambulação com orientação à paciente de realizar flexão de quadril e joelho para melhora da marcha e equilíbrio. Foram realizados registros fotográficos para quantificar a melhora da cicatrização da úlcera de ambos os membros inferiores. Nota-se uma grande melhora da cicatrização, observando diminuição da extensão da escara do membro inferior esquerdo e cicatrização total da escara do membro inferior direito, como também uma independência maior na deambulação da paciente, não precisando da utilização do andador para realizar caminhadas curtas. Conclusão: A partir do estudo do caso e de toda situação-problema envolvida, observou-se a eficácia do uso do ultrassom em escaras de pé diabético e pós-amputação, mostrando a importância de exercícios de fortalecimento que auxiliaram a uma melhora da deambulação, como também uma melhora da qualidade de vida da paciente.


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