INSERÇÃO DOS ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE NA REDE DE SERVIÇOS

ANA JULIA NUNES, DIANA MARIA PIGATTO COCCO, BEATRIZ BALDO MARQUES

Resumo


Nos últimos anos, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a área da saúde têm valorizado o trabalho em equipe e o cuidado multiprofissional através das atividades extramuros. Dessa forma, a formação profissional está sendo reorientada e passa por mudanças em busca de um profissional generalista e que atenda às necessidades do sistema de saúde do nosso país. Para suprir essa necessidade, os cursos da área da saúde estão inserindo seus estudantes na rede de serviço de atenção básica, no intuito de estarem próximos à realidade; frente a isso, este trabalho mostra e quantifica os dados referentes às atividades práticas desenvolvidas pelos estudantes dos cursos da área da saúde da UNISC. As ações foram realizadas nas unidades de atenção básica do munícipio de Santa Cruz do Sul e a coleta de dados ficou a cargo dos professores e seus orientandos, que enviaram, inicialmente, planilhas contendo o número de estudantes, dias da semana, turnos de trabalho, local de realização e as atividades que seriam desenvolvidas no período de 2014/2, dados compilados em uma tabela geral que definia quais os cursos e quantos estudantes estariam presentes em cada unidade. No final do semestre, os professores responsáveis pela orientação dos estudantes enviaram ao Cenários de Prática um relatório das atividades desenvolvidas durante o semestre. Esses dados foram dispostos em uma tabela específica, a fim de registrar o número de procedimentos realizados por parte de cada curso, sendo agrupados em diferentes tipos de atividades/ações desenvolvidas. No mesmo período mais de 16.000 procedimentos/ações foram desenvolvidas pelos estudantes dos cursos de graduação em disciplinas e estágios curriculares e também por projetos de extensão, sendo o número de procedimentos variável de acordo com o curso e com as atividades desenvolvidas, no curso de odontologia, por exemplo, foram realizados 2.443 processos: 417 na educação em saúde coletiva, 100 visitas domiciliares, 51 atendimentos individuais, 558 levantamentos epidemiológicos, 384 atividades de educação em saúde com distribuição de escovas e fio dental, 68 grupos diversos, 853 atividades do Programa Saúde na Escola, reuniões de equipe com as Agentes Comunitárias de saúde, entre outros. Essas experiências que ocorrem externamente ao ambiente acadêmico, ou seja, extramuros, proporcionam ao estudante a vivência e o conhecimento a respeito da realidade que possivelmente encontrarão ao se inserirem no mundo do trabalho. Também os profissionais da rede de serviço são beneficiados, pois a presença dos estudantes nas unidades de saúde possibilita a divisão das atividades. Destaca-se, ainda, que além de beneficiar o acadêmico, a presença do estudante contribui positivamente para a comunidade que o recebe, pois esta usufrui dos serviços prestados este, inclusive por áreas não contempladas na equipe de profissionais da rede básica, como biologia, educação física, farmácia, fisioterapia, nutrição, psicologia, odontologia e serviço social.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.