AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MORGANA PAPPEN, LIA GONCALVES POSSUELO, JANE DAGMAR POLLO RENNER, CLAIRTON EDINEI DOS SANTOS, JOAO PEDRO BERNARDY, MARTINA FERNANDA GEWEHR, MICHELE OGLIARI, EMELIN PAPPEN

Resumo


Introdução: A infecção hospitalar é compreendida como a infecção que o paciente adquire após a internação hospitalar ou até 72 horas após sua alta. Os microorganismos causadores deste tipo de infecção, geralmente, não seriam patogênicos ou danosos à saúde, porém isso acontece porque o paciente se encontra debilitado ou imunodeprimido. Em casos em que o paciente circulou por vários ambientes hospitalares diferentes, não se pode definir com total segurança se a infecção é originada no hospital em que ela foi detectada ou se possui origem comunitária, devido à colonização, muitas vezes, por patógenos resistentes. A utilização descontrolada de antibióticos propiciou o surgimento de bactérias resistentes, hoje sendo um dos principais problemas encontrados nos hospitais, tem-se uma preocupação muito grande em relação à interrupção das transmissões entre os pacientes e prevenção quanto ao surgimento de surtos, que podem levar à interdição temporária de alas inteiras. As infecções, quando identificadas precocemente, podem ter sua cadeia de transmissão interrompida, através da utilização de medidas de prevenção simples, como lavar as mãos após o atendimento, utilização de antissépticos, uso de equipamentos de proteção (máscara, óculos, luvas, jalecos) e adesão às regras preconizadas pela instituição aos visitantes; algumas das medidas que tanto profissionais trabalhadores dos hospitais quanto visitantes devem seguir. Para cada tipo de isolamento, seja ele respiratório ou de contato, existem normas específicas, as quais foram desenvolvidas para fornecer segurança de atendimento e precaução a uma possível contaminação a outros pacientes, aos visitantes e aos próprios trabalhadores. Objetivo: Avaliar a frequência e o tipo de infecções, comunitárias ou hospitalares, e o uso profilático ou terapêutico dos antimicrobianos. Métodos: Este é um estudo transversal retrospectivo, utilizando dados de um hospital de pequeno porte no interior do Rio Grande do Sul, coletados de 3.322 internações ocorridas nos anos de 2012 e 2013, em todas as clínicas e em todos os convênios aceitos na Instituição Hospitalar, utilizando o Sistema Integrado de Gestão em Hospitais e os relatórios da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Resultados: A prevalência das Infecções hospitalares foi de Trato Respiratório Inferior (45%), a segunda mais prevalente foram as Infecções Intestinais (18%), seguida das Infecções do Trato Respiratório Superior (11%); as três somam 74%. Já as infecções comunitárias tiveram um grande destaque, chegando a 98, 40% dos pacientes internados, e o uso de antimicrobianos de forma terapêutica ocorreu em 48, 90% das internações investigadas. Conclusão: As infecções hospitalares (1, 6%) tiveram um número baixo em relação aos casos de infecções comunitárias (98, 40%). O uso de antimicrobiano terapêutico foi de 48, 90% as doenças infecciosas foram as Infecções do Trato Respiratório Inferior em 45%, sendo um número expressivo em relação às demais infecções.


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