EDUCAÇÃO SEXUAL, FORMANDO REDES DE SOCIALIZAÇÃO

DANIELA PEREIRA DE OLIVEIRA, FRANCIELI MINETTI MARTINS, ALMERINDO ANTONIO BOFF, RENATA BECKER JUCA

Resumo


A orientação sexual como um tema nas escolas foi regulamentada pelo Ministério da Educação através dos Parâmetros Curriculares Nacionais, devido à necessidade de abordagem transversal do tema às disciplinas curriculares. A sexualidade deve ser considerada inerente à vida e à saúde, seu exercício responsável, englobando as relações de gênero e respeito entre as pessoas, diversidade de crenças, valores e expressão cultural. O processo educativo, na complexa realidade pós-moderna, não pode deixar de tratar o discernimento para uma formação da consciência que visa à autonomia, assim, o tema transversal orientação sexual procura ajudar adolescentes a obterem uma visão positiva da sexualidade, elaborarem seus próprios valores e tomarem decisões responsáveis. Diante disso, este projeto tem como objetivo a troca de saberes entre os acadêmicos de graduação da Universidade de Santa Cruz do Sul e estudantes de 7º e 8º anos da Escola Estadual de Ensino Médio Alfredo José Kliemann, de Santa Cruz do Sul, assim como o auxílio na orientação sexual, a partir da interação em momentos lúdicos, por meio de metodologias ativas, possibilitando a instrução dos acadêmicos, no que tange sua formação profissional e atuação prática, e a ação na escola com a aplicação dos conhecimentos adquiridos e percepção da forma como os adolescentes se apresentam e se comportam. A partir do plano de trabalho, os bolsistas, dos cursos de Ciências Biológicas, Medicina e Psicologia, discutiram e estudaram temas ligados à sexualidade humana. Para tanto, os bolsistas foram capacitados em reuniões de estudo e após participaram da rotina escolar, perceberam as dúvidas dos jovens ao iniciarem sua vida sexual, os alertaram sobre possíveis riscos ao desenvolverem um relacionamento sem precauções. Também abordaram temas em consonância com a idade dos estudantes, através de atividades, como uma caixa de perguntas, em que os alunos depositaram suas dúvidas, sem qualquer tipo de identificação individual. As experiências adquiridas na escola trouxeram dificuldades aos bolsistas de trabalharem temas da sexualidade; com isso verificou-se a necessidade em desenvolver habilidades de observação e comunicação que somente são percebidas na medida em que são discutidas, ou seja, após as visitas à escola. Durante este, o grupo reelaborou as didáticas e teorias para, posteriormente, retomar as atividades propostas pelo projeto. Dessa forma, os objetivos esperados não foram alcançados até o momento, considerando as diversas barreiras encontradas. Logo, as oficinas previstas para o segundo semestre do ano serão reestruturadas, uma vez que é notável o quão difícil e delicado é abordar esse assunto no contexto escolar, dado que a sexualidade em si é um tema polêmico. Essa realidade proporcionou aos bolsistas a aquisição de variados conhecimentos referentes ao tema, assim como relacionar a teoria à prática, percebendo que é necessária habilitação, observação e novas maneiras para abordar questões relacionadas à educação sexual.


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