COMPARAÇÃO ENTRE MÉTODOS DE TESTES PARA DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DO CONCRETO UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS DE ESTRUTURAS DE CONCRETO
Resumo
Com o avanço da idade das estruturas de concreto, o meio científico se viu forçado a buscar alternativas para determinar os parâmetros do concreto e verificar sua integridade, sem que este processo provoque dano ao material ou gere o mínimo de dano possível ao concreto e aos demais materiais estruturais. Além disso, é preciso considerar agentes patológicos que podem causar a degradação pontual e anomalias nas estruturas. Primeiramente, o trabalho objetivou buscar referencial bibliográfico para caracterizar os principais métodos destrutivos e não destrutivos de ensaio, analisando seu funcionamento teórico, grau de precisão e aplicações comuns. Após desenvolver uma base teórica sólida, o estudo buscou aplicar algum dos métodos estudados em casos reais de estruturas, apresentando suas vantagens e desvantagens, além do seu grau de precisão e fatores que influenciaram nos resultados. Desta forma, foi realizada a comparação entre métodos destrutivos, por meio de ensaios de compressão no Laboratório de Estruturas da Unisc, com métodos não destrutivos, por meio de medições in loco de estruturas reais de edificações com diferentes classes de resistência de concreto. Para realização dos testes de laboratório foram moldados, para cada edificação, durante a concretagem dos elemento estruturais analisados, 3 corpos de prova provenientes do concreto utilizado nas vigas, 3 do utilizado nas lajes e, por fim, 3 do utilizado nos pilares. Após 28 dias, os corpos de prova e a estrutura de concreto armado da edificação foram ensaiados de modo a obter parâmetros de resistência a compressão e módulo de elasticidade do concreto. Após o estudo prévio realizado, foi constatado que alguns parâmetros devem ser levados em conta no rompimento do corpo de prova, como o fato de que para baixas resistências características do concreto o comportamento diferente no corpo de prova, faz com que surjam tensões de tração transversais, resultando em microfissuras que acabam diminuindo a resistência do concreto, além da ruptura aparente em formato de cone que costuma ocorrer devido ao atrito do topo dos corpos de prova com a prensa de ensaio, sendo que um uma situação ideal e ruptura real do corpo de prova deve se dar por intermédio de fraturas paralelas ao campo de aplicação da tensão de compressão. Foi possível constatar ainda, inicialmente, que entre os ensaios não destrutivos, o mais amplamente utilizado é o esclerométrico, que correlaciona a dureza superficial com a resistência de todo o concreto ensaiado, porém, deve ser utilizado como ensaio complementar e não como definitivo, sendo que para resultados mais precisos, preferencialmente, deve ser utilizada uma curva específica do concreto analisado, proveniente do rompimento de corpos de prova. Tendo em vista informações coletadas, os ensaios são realizados com pouca idade, menos de 90 dias, visando reduzir a influência da carbonatação do concreto, que superestima sua resistência. Conclui-se por fim, por meio dos resultados obtidos, qual o nível de precisão e o grau de confiabilidade do ensaio tipo esclerometria quando comparado ao ensaio destrutivo de compressão simples, para cada tipo de elemento estrutural analisado, contribuindo para uma utilização mais confiável deste ensaio não destrutivo.
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