ESTUDO DA SUCESSÃO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS AO LONGO DA CERCA, NA PARTE SUDESTE DA ÁREA DO ATERRO NA EMPRESA SOUZA CRUZ, SANTA CRUZ DO SUL, RS, BRASIL.

RENAN DE AZEREDO KLAFKE, SCHIRLEY TOSTES, ANDREAS KOHLER, JAIR PUTZKE

Resumo


As áreas em estágio inicial de regeneração têm uma grande importância ecológica, em especial em áreas urbanas, onde é reconhecida a sua influência no oferecimento de serviços ambientais à população de seu entorno. A relevância dessa vegetação está ligada à manutenção da biodiversidade, que inicia o estabelecimento da sucessão vegetal e, por conseguinte, da sequência de organismos a ela associados. A sucessão é um processo que ocorre em etapas. Após acontecer a total desocupação da área, começam a se estabelecer de forma natural as primeiras espécies vegetais, até chegar à formação de uma mata. O presente estudo tem como objetivo a apresentação de dados do levantamento arbóreo do ano de 2013, analisando as famílias e espécies que estão ocorrendo na área do trabalho, de modo a dar continuidade ao estudo da sucessão arbórea que está ocorrendo neste estágio secundário. O trabalho foi desenvolvido em área de aterro da empresa Souza Cruz, localizado nas coordenadas 29º43'59" de Latitude Sul e 52º24'52" de Longitude Oeste, no município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, abrangendo uma área de dois hectares que se encontra em regeneração natural. Para o estudo foi utilizado o método de caminhamento na mata, desenvolvendo-se o trabalho em cima da caracterização das espécies no caminho, com o auxílio de trena e bússola. Um indivíduo de Eucalyptus spp. foi utilizado como ponto de partida, medindo-se a partir deste a distância e as coordenadas para os espécimes seguintes. As árvores encontradas foram coletadas obtendo uma exsicata por espécie, secas na estufa a temperatura de 40°C, identificadas, registradas e armazenadas no Herbário da Universidade de Santa Cruz do Sul (HCB). O trabalho envolveu a identificação de 156 indivíduos arbóreos, que se apresentam subdivididos em 19 famílias, 26 gêneros e 28 espécies onde 7 espécimes foram identificados até gênero. Consta no trabalho que 4 das espécies arbóreas identificadas são exóticas, as demais são nativas do Rio Grande do Sul. A espécie Eucalyptus spp. apresenta-se como a mais frequente dentre as outras exóticas, com 44 indivíduos, tendo elas valores numéricos insignificantes. As espécies nativas que mais aparecem na área de estudo são Allophyllus edulis, Lithaea brasiliensis e Schinus terebinthifolius. A mata onde foi feito o estudo contém um grande número de espécies pioneiras, ou seja, espécies que são resistentes para dar início a regeneração de áreas como esta. Das espécies pioneiras existentes na área, Allophyllus edulis se destaca em maior número que as outras, com 18 indivíduos.


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