AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS SOB CONDIÇÃO NÃO CIRÚRGICA NO HOSPITAL SANTA CRUZ - RS

NATALIA RODRIGUES BRUM, DIOGO FANFA BORDIN, LARISSY DOS SANTOS AMÉRICO, RICARDO GASS, DANNUEY MACHADO CARDOSO, DULCIANE NUNES PAIVA

Resumo


A hospitalização ocasiona riscos tanto para jovens quanto para idosos que utilizam os serviços hospitalares. Embora seja necessária em casos de doença aguda ou crônica descompensada, a internação pode resultar em complicações não relacionadas ao motivo inicial da internação, sendo a redução da força muscular respiratória (FMR) a mais prevalente.Esse estudo objetiva avaliar o comportamento da FMR de indivíduos hospitalizados sob condição não cirúrgica no Hospital Santa Cruz (HSC), Santa Cruz do Sul - RS. Trata-se de um estudo transversal que avaliará pacientes com idade entre 20 e 90 anos, internados no HSC devido a eventos clínicos agudos ou crônicos descompensados secundários a intervenções não cirúrgicas, com tempo de internação superior a 48 horas e condições cognitivas adequadas para responder aos comandos verbais (Grupo Hospitalizado - GH) e indivíduos hígidos acessados no "Projeto Reativar" no Ginásio Poliesportivo de Santa Cruz do Sul, RS (Grupo Controle - GC). Após aferidas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e temperatura axilar (Tax), foi realizado o teste de Manovacuometria Digital (MDI®, modelo MVD300) para avaliar a FMR através da medida das pressões negativa (PImax) e positiva (PEmax). Para medida da PImax% o indivíduo foi orientado a expirar até o volume residual (VR) e inspirar até a capacidade pulmonar total (CPT). A PEmax% foi avaliada após inspiração da CPT até o VR contra válvula ocluída e com uso de clipe nasal (ATS, 2002). Os dados foram testados quanto à diferença entre os grupos através do teste t de Student para amostras independentes, sendo expressos em média e desvio padrão através do software Statistitical Package for the Social Sciences versão 20.0, adotando um p<0,05 para significância estatística.O GC foi composto por 36 indivíduos, sendo 31 do sexo feminino e 05 do sexo masculino, com idade de 62,8 ± 10,3 anos e IMC de 26,1 ± 4,6 K/m2. O GH foi composto por 37 indivíduos, sendo 21 do sexo feminino e 16 do sexo masculino, com idade de 55,6 ± 16,1 anos e IMC de 25,7 ± 5 K/m2. Houve redução significativa da FMR do GH (PImax% 56,1 ± 23,9 cmH2O e PEmax% de 83,3 ± 30,9 cmH2O) em relação ao GC (PImax% 92,1± 30 cmH2O e PEmax% de 123,5 ± 33,7 cmH2O) tanto na PImax% (p<0,001) quanto na PEmax% (p<0,001). A redução da PImax% eda PEmax% nos indivíduos hospitalizados se deve possivelmente à imobilidade no leito e ao declínio funcional. Contudo, nosso estudo possui algumas limitações, pois não foi possível avaliar a condição pré-internação dos indivíduos, havendo a intenção de dar continuidade à pesquisa visando a aumentar o tamanho amostral.


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