CORRELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E A FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM INDIVÍDUOS HOSPITALIZADOS SOB CONDIÇÕES NÃO CIRÚRGICAS

REGIS JEAN SEVERO, ANGÉLICA FIGUEIRÓ O IVERO, EMELINE RASSIER SCHAFER, MICHELE SALDANHA, DANNUEY MACHADO CARDOSO, DULCIANE NUNES PAIVA

Resumo


A hospitalização ocasiona uma sequência de eventos que podem culminar no declínio funcional do indivíduo, uma vez que um tempo de internação elevado provoca prejuízo na realização e na intensidade das atividades de vida diária por provocar diminuição da força muscular respiratória e periférica.O presente trabalho tem por objetivo correlacionar a força muscular respiratória (FMR) e a força de preensão palmar do membro dominante (FPPMD) e não dominante (FPPMND) de indivíduos hospitalizados sob condições não cirúrgicas. Como metodologia foi utilizado o estudo transversal, com amostra não probabilística composta por pacientes com idade entre 20 e 90 anos, sob condições não cirúrgicas e tempo de internação superior à 48 horas, admitidos nas enfermarias do Hospital Santa Cruz (HSC) - RS. A força de preensão palmar foi avaliada através de dinamometria (Jamar®), com o indivíduo sentado com cotovelo fletido a 90º, antebraço em posição neutra de prono supinação e extensão de punho em aproximadamente 30º, sendo o mesmo orientado a apertar o dinamômetro com sua máxima força para a realização de 03 medidas com obtenção da média dessas em cada membro. A força muscular respiratória foi avaliada através do manovacuômetro digital (MDI® MVD 300Globalmed®), onde foram mensuradas as pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImax e PEmax, respectivamente). A FMR foi medida com o indivíduo em posição sentada e com uso de clipe nasal; PImax obtida a partir de expiração até o volume residual (VR) e inspiração até a capacidade pulmonar total (CPT); PEmax obtida a partir de inspiração na CPT e expiração no VR. Foram realizadas 3 medidas para cada variável, sendo considerado o maior valor obtido. Para avaliar a associação entre as variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson e considerou-se significativo um p<0,05. Foram avaliados 16 pacientes com média de idade de 53,8 ± 14,9 anos, sendo 09 mulheres e 08 homens, com IMC de 23,8 ± 4,9 e 24,1 ± 1,1 Kg/m2, respectivamente. Os pacientes apresentaram média de FPPMD de 33,8 ± 11,9 Kgf e 29 ± 9,6 Kgf no FPPMND. Não houve significância estatística na correlação estatística entre a PImax e a FPPMD (r=0,044; p=0,872) e FPPMND (r=0,019; p=0,945), bem como entre a PEmax e a FPPMD (r = - 0,27; p =0,922) e FPPMND (r = - 0,064 e p=0,813). A ausência de correlação significativa entre as variáveis analisadas pode ser atribuída ao reduzido tamanho amostral, fazendo-se necessário a continuidade do estudo, visando o aumento amostral para possibilitar a extrapolação dos resultados.


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