AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PRENSÃO PALMAR E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS NO HOSPITAL SANTA CRUZ - RS

DIOGO FANFA BORDIN, CAMILA DA CUNHA NIEDERMEYER, MÔNICA IETZKE, NATALIA RODRIGUES BRUM, DANNUEY MACHADO CARDOSO, DULCIANE NUNES PAIVA

Resumo


A hospitalização somada à condição clínica prévia do paciente pode levar à deterioração funcional e perda de independência para a execução de atividades da vida diária, bem como à perda de peso. Tais eventos podem ser advindos tanto do imobilismo quanto do uso de medicamentos, o que pode aumentar o tempo de internação e predispor ao risco de institucionalização. Este trabalho objetiva avaliar a força de prensão palmar (FPP) e o Índice de Massa Corporal (IMC) por método indireto em pacientes hospitalizados sob condição não cirúrgica no Hospital Santa Cruz (HSC), de Santa Cruz do Sul, RS. Foi realizado estudo de caráter transversal com obtenção da amostra por conveniência através do Projeto de Pesquisa intitulado "Avaliação da Capacidade Funcional e Função Pulmonar de Indivíduos Hospitalizados - Hospital Santa Cruz - RS", realizado nas enfermarias do HSC, onde foram avaliados 32 pacientes com idade entre 30 e 90 anos de ambos gêneros, internados devido a eventos clínicos agudos ou crônicos agudizados secundários a intervenções não-cirúrgicas, com tempo de internação superior a 48 horas e condições cognitivas adequadas para responder aos comandos verbais (Grupo Hospitalizado (GH)). O Grupo Controle (GC) foi composto por indivíduos hígidos e sedentários. Foram aferidas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA) e a saturação periférica de oxigênio (SpO2). Avaliada a FPP através de Dinamometria Manual (Jamar®), com paciente sentado, cotovelo fletido a 90º, antebraço em posição neutra de prono-supinação e punho em 30º de dorsiflexão, sendo realizadas 3 medidas e obtidas a média destas em cada membro. A altura, o peso e o IMC foram estimados baseados em Chumlea et al. (1985). Avaliadas as dobras cutâneas (triciptal, subescapular e suprailíaca, adipômetro Cescorf®, Brasil), as circunferências (braço e panturrilha - fita métrica Sanny Medical®, Brasil) e as medidas corporais (altura do joelho - fita métrica Sanny Medical®, Brasil). Dados analisados pelo software Statistical Package for the Social Sciences (versão 20.0) sendo utilizado o teste t de Student para amostras independentes, adotando para significância estatística um p<0,05. A média de idade do GC foi de 59,8 ± 9,2 anos e do GH foi de 61,04 ± 12,3 anos. O GH foi composto por 16 indivíduos (8 mulheres e 8 homens) e apresentou peso corporal de 61,04 ± 12,3 Kg e altura de 161,12 ± 7,52 cm, revelando IMC de 23,5 ± 4,04 Kg/m2. Para o GH, a média da FPP foi de 77,34 ± 28,94 Kgf no membro dominante e de 86,56 ± 33,68 Kgf no membro não dominante. Já o GC foi composto por 16 indivíduos (13 mulheres e 3 homens) e o peso foi de 70,07 ± 17,75 Kg e altura de 162,26 ± 8,24 cm, revelando IMC de 26,04 ± 5,72 Kg/m2. Para esse grupo, a média da FPP obtida foi de 106,17 ± 8,75 Kgf no membro dominante e 107,44 ± 19,29 Kgf no membro não dominante. O GH apresentou redução de FPP tanto nos membros dominantes (p=0,001) quanto nos não dominantes (p=0,042) em relação ao GC. O GH apresentou redução de força muscular tanto no membro dominante quanto no não dominante e tal evento pode ser atribuído ao imobilismo no leito, bem como a condição de saúde prévia dos pacientes, levando à redução da força muscular periférica, representada neste caso pela força de preensão palmar.


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