AVALIAÇÃO DO TEMPO DE INTERNAÇÃO DE PACIENTES CLÍNICOS ADMITIDOS NO HOSPITAL SANTA CRUZ - HSC

TAÍNE CUNHA IMMER, DIOGO FANFA BORDIN, MICHELE SALDANHA, RICARDO GASS, DANNUEY MACHADO CARDOSO, DULCIANE NUNES PAIVA

Resumo


A morbidade e as comorbidades de uma doença, bem como o seu manejo terapêutico, determinam o tempo de internação hospitalar de um indivíduo. Além desses fatores, questões como idade, estado nutricional, condição clínica prévia, dor e até a escolaridade também estão diretamente relacionados ao tempo de internação de um paciente. Desta forma, a hospitalização é seguida, em geral, por imobilismo no leito, hipoventilação e por acúmulo de volume sanguíneo central e obnubilação da consciência, que podem resultar em redução da capacidade funcional, da função pulmonar e alterações da qualidade de vida, podendo ser de grande risco para pessoas jovens e especialmente para os idosos. Ressaltando que esses últimos utilizam os serviços hospitalares com mais frequência, envolvendo maiores custos para o sistema de saúde devido ao tempo de internação mais prolongado e à recuperação mais lenta e complicada. O presente trabalho tem por objetivos avaliar o tempo de internação de indivíduos hospitalizados sob condições não-cirúrgicas no Hospital Santa Cruz (HSC), Santa Cruz do Sul, RS, através de estudo de caráter transversal, realizado nas enfermarias do Hospital Santa Cruz (HSC), RS. Também foi avaliado o tempo de internação de pacientes hospitalizados sob condição não-cirúrgica do Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do projeto "Avaliação da Capacidade Funcional e Função Pulmonar de Indivíduos Hospitalizados - Hospital Santa Cruz". Foram avaliados 34 pacientes hospitalizados, com média de idade 59,5 ± 14,3 anos, peso de 66 ± 14,8 Kg e IMC de 26,5 ± 4,9 Kg/m², sendo o tempo de internação dos mesmos de 8,1 dias ± 5,7 dias. As patologias dos mesmos incluíam casos de diabetes mellitus (n=10), doenças relacionadas ao aparelho cardiovascular (como angina e hipertensão arterial sistêmica) (n=14), doenças traumato-ortopédicas (n=04), doenças do aparelho digestivo (sendo 05 casos de pancreatite) (n=9), entre outras como insuficiência respiratória aguda, infecções bacterianas, doenças relacionadas ao trato urinário, ansiedade, Doença de Crohn, Síndrome de Stevens-Johnson e Neurotoxoplasmose, sendo que muitos pacientes apresentavam mais que uma patologia. Quando comparado o tempo de internação de pacientes clínicos no HSC com o Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), que é de 5,7 ± 7,6 dias, portanto, constatamos que o tempo de internação em nosso estudo foi maior. O maior tempo de internação hospitalar detectado em nosso estudo pode ser atribuído, possivelmente, à faixa etária da amostra estudada, bem como às características mórbidas dos indivíduos analisados.


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