UM ESTUDO SOBRE AS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: O CASO DE 13 MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL.

KASCINELLE ALESSANDRA REHBEIN KAERCHER, DAIANE RAQUEL KIST, ZANANDRÉIA ZALÉSKI D ESCHER, LUCIANE MARIA SCHMIDT ALVES, SUZANE BEATRIZ FRANTZ KRUG

Resumo


O presente estudo remete às relações de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul (13ª CRS-RS) com a equipe de saúde, comunidade e gestores e apresenta como objetivo a investigação da qualidade dessa relação no âmbito do trabalho em Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Essa afinidade faz referência a um tipo de vinculação entre atores envolvidos no contexto de trabalho e prestação de serviços em saúde, primando pela qualidade de vida da população. A partir disso, a boa relação dos ACSs com a comunidade, equipe de saúde e gestores demonstra-se essencial para facilitar e potencializar as ações voltadas aos usuários da Atenção Básica. A partir dessas considerações, este estudo trata-se de um recorte da pesquisa intitulada "O cotidiano e as perspectivas profissionais dos Agentes Comunitários de Saúde da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul" aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul, sob protocolo nº 3049/11, e desenvolvido pelo "Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde" (GEPS). Participaram da pesquisa 164 ACSs pertencentes a Estratégias de Saúde da Família de 13 municípios da área de abrangência da 13ªCRS/RS. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário composto por questões fechadas que geraram dados, posteriormente organizados por meio do software Statístical Package for the Social Sciences 20.0 (SPSS), e submetidos à análise quantitativa. Conforme os dados analisados, 99% dos ACSs expuseram que a relação com o enfermeiro do serviço é boa, assim como, 97% dos ACs referiu o mesmo com a equipe de trabalho e 97% com os usuários, sendo que o restante a considerou como regular. A relação com o gestor municipal de saúde também foi considerada boa, dado apontado por 70% dos ACSs. Entretanto, dos 164 entrevistados, 21% não informaram a relação com o gestor, uma vez que estes negaram ter contato direto com o mesmo. Diante dos resultados apontados acima, é possível averiguar que há bom relacionamento entre os sujeitos envolvidos neste estudo, fator que contribui para melhorar o desempenho no trabalho, favorecendo, dessa forma, a promoção de qualidade de vida aos usuários dos municípios estudados. Além disso, as boas relações promovem a aproximação entre profissionais e usuários para além do assistencialismo centrado em doença, visto que elas facilitam o fortalecimento do acesso aos serviços de saúde. Os dados mostram a realidade da relação dos ACSs com os sujeitos envolvidos nas suas ações diárias dessa região estudada, de acordo com relatos dos mesmos. Mostram-se importantes e necessários outros estudos que aprimorem essa temática nessa região de atuação desses trabalhadores.


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