ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE CALYPTRANTHES GRANDIFOLIA

BÁRBARA PARRAGA DA SILVA, ANA CAROLINA GIACOMIN, GREICI RAQUEL WILDNER, LEANDRA ANDRESSA PACHECO, EDUARDO MIRANDA ETHUR

Resumo


O estudo de plantas medicinais é de caráter crescente no mundo atual, tendo em vista a necessidade de obtenção de novos compostos e princípios ativos para auxiliar no tratamento e prevenção de patologias. Devido este fim, a família Myrtaceae é amplamente estudada e diversas espécies pertencentes a esta família apresentam atividades químicas e biológicas de interesse científico. Dentre muitas dessas atividades, algumas das plantas pertencentes à esta família apresentam atividade antioxidante considerável, atividade esta empregada na prevenção do envelhecimento, no tratamento de doenças cardiovasculares e inflamatórias, envolvida diretamente na proteção do sistema imunológico contra os efeitos nocivos de reações que geram radicais livres. Desta forma, buscou-se estudar a Calyptranthes grandifolia, espécie pertencente a família Myrtaceae, conhecida popularmente como guamirim, planta nativa do Rio Grande do Sul, Brasil. Sendo assim, o objetivo do presente trabalho foi proceder a análise fitoquímica, especificamente a determinação de polifenóis totais, bem como a atividade antioxidante. Para a realização dos testes, o material vegetal fresco (folhas) foi desidratado em estufa a 40ºC e triturado. Posteriormente, procedeu-se a extração por infusão durante trinta minutos em água purificada na proporção de 1/10. Também realizou-se extração com etanol absoluto, na mesma proporção, deixando-se em repouso por sete dias. Após, os extratos foram secos em rota-evaporador à 40ºC, sendo estes armazenados em baixas temperaturas. A avaliação da atividade antioxidante foi realizada pelo método do DPPH, utilizando ácido ascórbico como padrão. Já a determinação de polifenóis totais foi realizada segundo o método de Folin-Ciocalteau, tendo como padrão a curva de ácido gálico. Como resultado, observou-se que o extrato etanólico (valor de IC50 25,00), possui uma atividade antioxidante superior ao extrato aquoso (valor de IC50 40,60, este já estando em uma concentração maior que o extrato estanólico), tendo um valor de padrão de ácido ascórbico de IC50 7,93. O extrato aquoso possui um valor médio de polifenóis total de 220,877 mg de EAG/g de extrato, já o etanólico possui um valor médio de polifenóis total de 344,07 mg de EAG/g de extrato. Pode-se observar, por fim, a importância de mais estudo em relação à diferença na ação antioxidante entre os extratos aquosos e etanólicos, buscando identificar os grupos de metabólitos secundários responsáveis pela atividade antioxidante na planta em questão.


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