DYLAN THOMAS E A TEMÁTICA DA MORTE

TAISSON WEBER MACHADO, NORBERTO PERKOSKI

Resumo


A participação como bolsista PUIC-Voluntário/UNISC, de março a agosto de 2013, no projeto "Encontros com a Poesia - Poetas da literatura ocidental: XXIV Módulo - Literaturas de língua inglesa", vinculado ao Grupo de Pesquisa "Estudos Poéticos", coordenado pelo Prof. Dr. Norberto Perkoski, do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado da UNISC, possibilitou um adensamento no processo de pesquisa através das atividades que desempenhei durante este período. Os principais objetivos foram a busca por obras representativas de dois poetas de língua inglesa - Percy Shelley e Dylan Thomas - e a elaboração de uma esquematização com suas principais obras, os temas recorrentes, as características relevantes e os poemas mais representativos. A metodologia utilizada no início da pesquisa foi de cunho prático: através da internet, foi feita uma busca por livros que não constavam no acervo da biblioteca da UNISC, sendo que a maior dificuldade foi encontrar livros traduzidos do inglês para o português em edições bilíngues. Nas etapas seguintes, além da esquematização citada acima, foi escolhido o poeta galês Dylan Thomas para o aprofundamento do estudo de sua produção poética, o que foi realizado através da leitura do livro "Poemas reunidos: (1934 - 1953)", traduzido por Ivan Junqueira. No princípio, Dylan Thomas abordava temas como os da loucura, da feitiçaria e do diabolismo e não teve preocupações significativas com a rima. No decorrer de sua carreira, focou na estrutura rítmica e manteve a morte como tema predominante. Segundo o seu biógrafo Constantine FitzGibbon, "a morte e a vida deixam de ser antíteses para se tornarem o yin e o yang de um grande e misterioso processo que o poeta compartilha através de seu próprio corpo com toda a natureza". Ele foi influenciado não somente por poetas de língua inglesa, mas também por lendas galesas de origem célticas, Freud, Rimbaud e pela Bíblia. Dylan Thomas não tinha apego ao dinheiro nem a bens materiais e teve uma curta vida regada a doses excessivas de álcool. Sua voz teve grande participação em sua carreira, pois em 1937 foi radialista na BBC de Londres, lendo seus poemas, bem como os de autores ingleses e norte-americanos. Trabalhou como jornalista, roteirista de cinema, ator e conferencista. Como o projeto ainda está em andamento, concluo parcialmente que, além de obtenção de mais experiência, houve grande aprendizado sobre este poeta que inspirou vários outros artistas, bem como o enriquecimento cultural e acadêmico adquirido nos encontros semanais, o que tornou mais prazeroso o contato com textos poéticos e a compreensão de como a leitura desses textos deve ser realizada.


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