A sociedade civil e institucional seleciona indiretamente perfis desde seu processo educacional até a adesão ao mercado de trabalho. Desta forma, percebemos que o ensino, por sua vez, não atende às necessidades humanas integralmente, mas, sim, colabora com o sistema vigente e aperfeiçoa interesses em valor e poder. Legitima a exclusividade econômica de recursos e perpetua a marginalização diante das classes. O movimento educacional caminha em direção a uma educação capacitada, por vez que contemple as necessidades motoras, cognitivas, emocionais e psicológicas dos indivíduos considerando particularidades e empatias. É a partir dos movimentos periféricos, ou seja, educadores sociais e organizações educacionais do terceiro setor que percebemos maior articulação, reflexão e estratégias para mover a zona de conforto de uma parcela da população e avançar na tecnologia, no campo de conhecimento e nas relações. A ideia da sustentabilidade no campo educacional vem ao encontro da reflexão pedagógica social que enfatiza as produções individuais e criativas do ser em formação e as potencializa como cultura coletiva. A aprendizagem é uma capacidade natural do ser humano e o conflito social surge quando ela é instrumento de competitividade. Apropriamo-nos da idealidade e proposta da Pedagogia Social como metodologia e referência quanto à formação integral do ser humano e de suas relações para apontar medidas sustentáveis de conhecimento e mobilização de recursos. O artigo busca dar visibilidade na reflexão quanto à organização político-social em relação ao processo educacional. Desta forma são tratados temas como a manutenção humana natural para com a aprendizagem; as instituições e políticas públicas como potencialidades do bem-estar social; e a educação integral alternativa. A metodologia utilizada para pesquisa é bibliográfica e se baseia principalmente no intuito de fomentar a totalidade do ser humano e suas necessidades dentro do processo formativo convencional. Este trabalho é resultado parcial de uma pesquisa intitulada "Saberes da Pedagogia Social" e constata que, apesar da desvantagem no sentido econômico e midiático, percebem-se mudanças e movimento no comportamento coletivo e também preocupação por parte de grandes potências e governo. Consideramos ainda, como parte fundamental para uma nova perspectiva sustentável na área pedagógica, a educação que contemple orientações dignas sobre os direitos humanos, igualitária e para uma cultura de paz. Este processo se concretiza no próprio desenvolvimento, mas necessita de avaliação constante e sistematização. Para isso, ressaltamos a relevância na formação contínua dos educadores e educadoras sociais que vislumbram por um cenário contemporâneo mais saudável.