Na era da informação percebe-se que o nosso modo de vida não se sustenta mais. Não podemos medir um desempenho organizacional sem vincular à sustentabilidade, pois passou a ser um indicador de desempenho, além de gerar vantagem competitiva. Sustentabilidade é um conceito bastante abrangente, envolve atitude ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, e engloba da gestão de processos ao meio ambiente, desdobrando-se por toda cadeia produtiva. O papel de um indicador sistêmico é descrever de forma integrada e concisa os dados de uma organização, transformando-os em informação ou conhecimento. Uma ferramenta importante no processo de medir e avaliar de forma sistêmica é o Balanced Scorecard - BSC, pois é um sistema de indicadores que abrange os ativos tangíveis, intangíveis e intelectuais e podemos incluir sustentabilidade como tangível e intangível. O desempenho das organizações está relacionado com a capacidade de adaptação e a direção que a humanidade escolheu seguir exige que sejamos sustentáveis, como organização e como indivíduo e, para isto, devemos nos adaptar. É necessário que a organização seja gerida de forma eficaz, sem esquecer o passado, medindo, analisando e avaliando o presente e projetando o futuro através da identificação de metas a serem alcançadas e organizando atividades para se alcançar as mesmas. O monitoramento dos resultados para assegurar que as metas definidas sejam atendidas depende de um conjunto de indicadores para um rápido diagnóstico de problemas e posterior resolução destes. Este trabalho teve por objetivo avaliar a necessidade da mudança de status da sustentabilidade na análise e medição do desempenho de uma organização, levando em consideração que a sustentabilidade pode e deve ser um indicador de desempenho e um índice do quão sustentável é cada parte do sistema. A metodologia utilizada para este estudo pode ser classificada, quanto à sua finalidade, como teórico-conceitual, partindo de referências teóricas sobre indicadores e Sistemas de Medição de Desempenho (SMD) publicadas em artigos científicos, com alguma pesquisa em livros, dissertações e teses e realizada uma compilação de ideias de diferentes autores. Com relação ao objetivo, a pesquisa caracteriza-se como exploratória e, quanto à sua natureza, é classificada como qualitativa. O principal resultado observado é que, para haver melhora no desempenho organizacional, é preciso haver mudança sistêmica de toda a organização. É necessário compreender o mercado interno e externo, definir e executar corretamente a estratégia empresarial e as informações serão obtidas e processadas de tal forma que assegurem a eficácia da organização para que seja competitiva. Esse monitoramento contínuo e efetivo de desempenho diminui a distância entre a estratégia organizacional e sua implementação operacional e só é possível através de bons Indicadores de Desempenho (ID). Um bom indicador automaticamente inicia um plano de ação. Após a identificação das necessidades de ações e melhorias a serem implementadas, os planos de ação podem ser elaborados, utilizando a metodologia que mais se adapte a proposta e necessidade da organização. Conclui-se, portanto, que medidas tradicionais de desempenho são baseadas em sistemas de gestão desatualizados, custos tradicionais, métricas atrasadas, não relacionadas com a estratégia da empresa, inflexíveis, com altos custos de aplicação e contradizem a melhoria contínua e a sustentabilidade.