Com o ambiente cada vez mais dinâmico e os clientes não aceitando mais o tratamento de massa, a adoção da gestão por processos nas organizações é uma realidade na qual ocorrem as dificuldades na modelagem e implantação dos processos. Com a realidade desse cenário, um instrumento de medição do índice de processibilidade se faz necessário para aferir quão processual encontra-se a organização antes da implementação da gestão por processos. Como objetivo principal foi proposta uma análise sobre o Índice de Processibilidade concebido por José Ernesto Lima Gonçalves, sob o enfoque das principais características organizacionais das organizações orientadas por processos e responder se este índice de processibilidade é demasiadamente abrangente; se contempla as principais características das organizações geridas por processos; e se apresenta uma resposta concisa. Sobre os procedimentos metodológicos realizados foi desenvolvida uma pesquisa de caráter exploratório-qualitativa como estágio preliminar à procura de um contato inicial com o assunto verificado, por meio da observação e estudo, visando a proporcionar um maior conhecimento do problema (GIL, 1991; OLIVEIRA, 1997; FACHIN, 2001). A origem dos dados se deu a partir de estudo bibliométrico nacional e internacional, para reconhecimento das principais características das organizações voltadas para processos, do entendimento dos fatores utilizados no índice de processibilidade estudado e o agrupamento dos fatores sob as características, procurando balizar um índice de processibilidade, já proposto, por Gonçalves (2000). Nesta proposta de avaliar o índice de processibilidade foi obtido êxito, já que foram levantadas informações suficientes para classificar as principais características das organizações funcionais em gestão por processos e mesclar isso aos atributos utilizados no indicador. Também foi percebido que pouco foi desenvolvido sobre o índice estudado e que o trabalho realizado nesta pesquisa logra um objeto potencial para futuros estudos, como a quantificação dos valores dos atributos, já que novos fatores podem ser somados aos já presentes, complementando-os. Muitas são as metodologias e ferramentas para a implantação ou para medição do grau de maturidade das organizações frente à GP, mas poucos são os indicadores que podem alicerçar informações pertinentes e de valia para orientar ações em um planejamento estratégico, concentrando de maneira eficiente a atenção e a energia da organização que pretender aderir à GP. As organizações não podem acometer-se de iniciar a GP de forma pontual e sem um embasamento sobre as características organizacionais necessárias. É imprescindível ter noção das possibilidades iniciais e, assim, poder traçar metas realistas com a compatibilidade entre o modelo de gestão e o modelo organizacional.