VIDA ÚTIL DE UMA LÂMPADA FLUORESCENTE EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ACIONAMENTOS

LUIS FERNANDO DE OLIVEIRA, FERNANDA THAIS BENCKE, ROLF FREDI MOLZ, ADRIANO JOSE BOMBARDIERI, FABRICIO ANTONIO EGERT

Resumo


As lâmpadas fluorescentes são caracterizadas como lâmpadas de descarga de vapor de mercúrio em baixa pressão, onde a maior parte da luz visível é emitida por camadas de fósforo excitadas pela radiação ultravioleta da descarga (LOPES, 2010). Para a ignição de uma lâmpada fluorescente é necessário aplicar alta tensão nos seus terminais, assim, os elétrons emitidos por um dos eletrodos migram desta extremidade para a outra, onde irão colidir com os átomos do gás de mercúrio, aumentando a condutividade do meio, até atingir o limite de corrente imposta pelo reator. Nos reatores eletromagnéticos a lâmpada é alimentada em baixa frequência, até 120Hz, porém este tipo de alimentação ocasiona processos de re-ignição a cada semiciclo, reduzindo sua vida útil além de um ruído audível. Estas lâmpadas têm eficiência luminosa de 3 a 6 vezes superior e vida útil de 4 a 15 vezes mais longa que as incandescentes quando comparados os dados fornecidos por fabricantes. Consideradas lâmpadas frias, dissipam menos energia em forma de calor, resultando em redução de 80% do consumo de energia. Porém, apenas 6% delas são recicladas, enquanto são comercializadas mais de 100 milhões por ano no Brasil. O custo da reciclagem é alto, mas é necessário, pois o mercúrio contido pode contaminar o meio ambiente. Objetivando determinar o quão relevante é o número de acionamentos, fator que influência na redução da vida útil de uma lâmpada fluorescente, foi desenvolvida esta pesquisa. A informação da vida útil fornecida ao consumidor é obtida em ensaios com base na norma IEC 60968/60969, que muitas vezes não condiz com a utilização diária, a exemplo de residências. Portanto, para os ensaios, foram determinados três diferentes períodos, sendo um de acordo com a norma já referida, na qual o ciclo é realizado com 15 minutos de acionamento e 10 minutos de repouso. O outro período ensaiado foi determinado conforme medições realizadas empiricamente pelos bolsistas do projeto em suas próprias residências, observando os tempos de acionamento do uso cotidiano. Através da média dos tempos medidos pelos bolsistas, foi definido um período de 5 minutos acionado e 5 minutos desativado, em referência aos piores tempos caracterizados nos ensaios empíricos para a característica construtiva da lâmpada. Ainda outro período ensaiado submeteu as lâmpadas a um grande estresse, onde o tempo acionado correspondeu a 1 minuto, assim como o tempo em repouso. Com o decorrer dos testes obtivemos até o momento a fadiga de 3 lâmpadas fluorescente e 3 lâmpadas incandescentes, com os tempos de 220,21 horas, 223,03 horas e 221,30 horas; para as lâmpadas fluorescentes submetidas ao estresse, 474,40 horas, e 479,54 horas para as lâmpadas incandescentes, com base no período definido empiricamente, e 482,12 horas para uma incandescente em estresse, sendo que, até o momento, nenhuma lâmpada LED demonstrou fadiga. Lembrando que a vida útil de 6000 horas para as fluorescentes e 1000 horas para as incandescentes, não foram atingidas. Podemos assim notar que foi significativa a redução da vida útil. Recomenda-se, em função dos resultados dos ensaios, que em locais com significativo número de acionamentos diários sejam utilizadas lâmpadas LED.


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