O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Ana Julia Feijo Backes, Marli Marlene Moraes da Costa

Resumo



Este artigo visa analisar a influência da educação na prevenção da violência de gênero. Quais os impactos sociais que a formação das crianças traz à sociedade em relação à discriminação de gênero. A mudança nos papéis do homem e da mulher interfere no mundo infantil e cada vez mais a sociedade tem a necessidade de romper esses parâmetros fixos de gênero para pode ser menos preconceituosa e mais tolerante. É necessária uma mudança de cultura, porque desde muito cedo a sociedade já cria estereótipos da mulher e do homem, presentes em pequenas ações do cotidiano. É, então, que Simone Beauvoir (1980) afirma que "não se nasce mulher, torna-se mulher" na obra "O segundo Sexo", publicada em 1949, fazendo referência à criação cultural do "masculino" e do "feminino". Pretende-se atuar sobre o combate aos estereótipos e alterar as representações sociais de gênero que legitimam a existência de relações desiguais, conduzindo a mudança de percepções, práticas e comportamentos discriminatórios e promovendo os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. É com um enfoque nas novas gerações e com algumas mudanças na mentalidade da sociedade que se podem construir paradigmas, rompendo com o conservadorismo e, por conseguinte, abrir cada vez mais espaço para as mulheres. No tocante à técnica de pesquisa, foi empregado o uso de obras literárias, bem como artigos científicos, além de periódicos e textos online especializados sobre a matéria, com o intuito de melhor compreender o objeto de estudo. Com base neste estudo, é perceptível a necessidade de dialogar sobre gênero, dentro e fora de escola, em todas as oportunidades e reuniões, nas famílias e na comunidade, fazendo questionamentos e reflexões sobre o assunto ao assistir uma matéria jornalística, por exemplo. Há ainda muita discriminação entre as mulheres. Estudos mostram que a discriminação já é sentida pelas crianças aos 7 anos, quando um em cada dez estudantes primárias informou ser infeliz sendo uma menina, enquanto esse número era ínfimo comparado ao sexo masculino. A partir do diagnóstico foi possível identificar a importância da escola/professor (a) incorporar o debate das questões de gênero, fazendo leituras críticas dos livros didáticos, pois é na escola que surge o pensamento crítico e essa tem um papel fundamental na desmistificação dessas diferenças. Entretanto, este tipo de relação desigual imposto pela sociedade inicia-se antes mesmo da criança entrar na escola, e é, também, percebendo o comportamento familiar que a criança constrói sua análise sobre o tema. Entre as próprias crianças, portanto, ser homem e ser mulher está relacionado com concepções sociais, muitas aprendidas na família e no sistema das relações em que vivem.

 

 


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