EVOLUÇÃO DO AGENTE PEDAGÓGICO EMOCIONAL DÓRIS: INTERAÇÃO PROMOVENDO ENSINO-APRENDIZAGEM.

Danielli Cossul, Thaisi dos Santos Fagundes, Liane Mählmann Kipper, Marcus Vinicius Castro Witczak, Rejane Frozza

Resumo


Agentes pedagógicos inteligentes possuem a tarefa de acompanhar, orientar e auxiliar a interação do estudante com sistemas virtuais de aprendizagem e extrair informações sobre esta interação, para possibilitar a personalização de estilos cognitivos (EC) em Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Professores e estudantes do Departamento de Computação e do Programa de Pós Graduação em Sistemas e Processos Industriais (PPGSPI) da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), e do grupo de pesquisa Sistemas Computacionais de Apoio à Educação, desenvolveram um AVA no qual está inserido o agente Dóris, um agente tutor inteligente de acompanhamento pedagógico. O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento da Dóris e sua interação com os estudantes no AVA, observando sua evolução desde 2000, ano em que foi projetada sua primeira versão. Como metodologia de pesquisa foi realizada a revisão bibliográfica dos artigos publicados pelo grupo de pesquisa, no período de 2001 a 2015, que abordavam as funcionalidades da Dóris no ambiente, suas implementações e validações. Neste período, a Dóris passou por diversas atualizações que buscavam o aperfeiçoamento das suas atividades. Inicialmente, as principais funções da Dóris contemplavam a observação do comportamento do estudante durante a sua interação com o material apresentado no AVA e demonstrava tristeza, felicidade e companheirismo através de sua imagem em 2D (duas dimensões). No período de 2005 a 2010, o AVA passou a utilizar testes cognitivos na busca pela personalização dos conteúdos a diferentes EC. Assim, foram propostas táticas de ensino adaptadas e personalizadas às características individuais de aprendizagem dos estudantes. Também foi abordado o método clínico de Piaget nas pesquisas do ambiente e a proposta de utilizar o ambiente em capacitações corporativas. No período 2011 a 2015 foram desenvolvidas as propostas de um agente companheiro para o ambiente; a utilização de jogos em AVAs como nova tática de ensino para pessoas com deficiências motoras, para estimular o raciocínio lógico; o início do ChatterDóris que expressa emoções através da simulação de conversação humana; a proposta de relação existente entre a emoção e o aprendizado; o desenvolvimento de um protocolo de comunicação entre a Dóris e o agente companheiro; a utilização da técnica Redes Neurais Artificiais para identificação dos estilos cognitivos de aprendizagem (ECA); apresentação de conteúdos através de táticas de ensino baseadas nos ECAs identificados do usuário; a avaliação da usabilidade do AVA para realizar melhorias no ambiente e baseadas em animações e sua aplicação em treinamentos e-learning; a mensuração de publicações sobre AVAs, usabilidade e pessoas com deficiências, para identificar produções científicas e lacunas de pesquisas; por fim, a utilização da técnica de Clusterização, com o algoritmo k-means, para identificar os ECAs durante a interação com o AVA e sua comparação com os resultados anteriores. A partir de todas as pesquisas já realizadas, conclui-se que os AVAs que adotam os agentes de acompanhamento pedagógico auxiliam em processos mais eficazes de ensino-aprendizagem de seus usuários. A Dóris potencializa as habilidades intelectuais de estudantes, com o auxílio das estratégias e táticas de ensino associadas aos ECAS. Dessa forma, agentes de acompanhamento pedagógico têm suas capacidades de interação em constante aperfeiçoamento e evolução, buscando uma interação mais adequada com o usuário. 

 

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