AMBIENTE CRIATIVO, CLIMA PARA A INOVAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO
Resumo
Conforme postulado por Alencar (1998), com o crescente avanço no mundo dos negócios e competição cada vez mais acirrada, as empresas têm sido pressionadas para que se adaptem cada vez melhor aos novos contextos e façam um melhor uso de seus recursos. Neste sentido, o funcionário também é considerado como parte destes, sendo tratado como "recurso humano". Outro aspecto que tem se sobressaído é a crescente atenção que se tem dado à criatividade nas organizações, em especial ao processo criativo que é instigado ao funcionário, como forma de geração de novas ideias e inovação. Segundo Amabile (1996), a inovação se refere justamente à implementação de ideias criativas no ambiente organizacional, ou seja a criatividade, tanto individual quanto em equipe dão origem à inovação organizacional. Isto porque, tem-se por um lado, modelos tradicionais de trabalho através de cooptação afetiva e pela possibilidade de consumo (TATIM E GUARESCHI, 2008). E, por outro lado, novas formas de administrar o trabalho humano focando na criatividade e nos ambientes criativos. Acredita-se que o afeto implica positivamente e leva o indivíduo para níveis mais elevados de criatividade, facilitando na motivação (ISEN e REEVE, 2005) e também nos pensamentos flexíveis e na resolução de problemas complexos (ASPINWALL, 1998; ISEN, 2000). Como objetivo desse trabalho destacamos compreender o "estado da arte" e as características que permeiam o estudo sobre ambiente criativo, clima para inovação e retenção de talentos. Optou-se por realizar a pesquisa bibliométrica na base de dados SCOPUS (Elsevier) com as palavras-chave: "Creative environment", "Climate for innovation" e "Retaining talent". Foram encontrados 107 artigos para a palavra "Creative Environment", observa-se que o país que mais publicou foram os Estados Unidos com 27 publicações. As publicações com este termo têm o primeiro registro na base no ano de 1961, porém o ápice das publicações ocorreu em 2013, com 15 artigos. E ainda, observa-se que a área de maior produção sobre o tema é a das Ciências Sociais. Para o termo "Climate for innovation" foram encontrados 95 artigos, sendo que o primeiro a ser publicado foi em 1969, mas o ápice da produção científica foi em 2015, com o total de 10 artigos. Observa-se que os países que mais estudaram sobre o assunto foram Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, respectivamente. A área que mais publicou sobre o assunto foi "Business, Management and Accounting". Já para o termo "retaining talent" foram encontrados 44 artigos. A primeira publicação sobre o tema ocorreu em 1959, e teve maior número em 2015 com 7 artigos. Realizou-se também um cruzamento entre as palavras chaves porém encontrou-se somente uma correlação que foi entre as palavras "Creative Environment" x "Climate for Innovation", resultando em um artigo, publicação norte-americana e de 1994. Pode-se perceber que o estudo sobre as temáticas vem ocorrendo há décadas e que os Estados Unidos lideram estes estudos com as palavras-chave utilizadas. Outro indicador é o fato de haver apenas um cruzamento entre as palavras. Observa-se aí uma lacuna de conhecimento na correlação entre ambiente criativo, clima para inovação e retenção de talentos. Segundo Hennessey e Amabile (2010) observa-se a necessidade de estabelecer uma relação mais dinâmica e sistêmica entre as diferentes áreas.
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