A busca por novos combustíveis aumenta cada vez mais devido ao aumento da demanda por geração de energia e devido aos impactos ambientais e econômicos observados com o uso de combustíveis fósseis, tornando indispensável o desenvolvimento de combustíveis renováveis e que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente. Os biocombustíveis surgem como uma opção ambiental e de produção descentralizada, favorecendo a geração de empregos e diminuindo a dependência dos países por importação de petróleo. Entre os biocombustíveis já desenvolvidos em larga escala estão o biodiesel e o etanol. O biodiesel pode ser obtido pelo processo de transesterificação onde um óleo de origem animal ou vegetal reage com um álcool de cadeia curta na presença de um catalisador, tendo como produto, os ésteres metílicos e coproduto, o glicerol. Uma das matérias-primas que vem ganhando atenção é a semente de tabaco residual ou de tabaco Solaris. O tabaco Solaris, também conhecido como tabaco energético, é resultante do melhoramento genético do tabaco oriental. Este tabaco apresenta uma quantidade de óleo que varia entre 35-49% e a planta não contém nicotina. Desta forma, este trabalho visou a produção de biodiesel de óleo tabaco energético por método enzimático. A reação de transesterificação foi realizada utilizando a enzima Novozyme ® 435  como biocatalisadora. Realizou-se um planejamento experimental para determinar as melhores condições reacionais, considerando percentual de catalisador e proporção de metanol. Os melhores resultados foram determinados a partir do software Chemoface 1.61 utilizando as áreas dos cromatogramas e foram obtidos com razão de 1:8 (óleo-metanol) e 10% de enzima, com temperatura de 65 °C, com tempos estudados em até 8 h. A condição com maior conversão determinada por cromatografia gasosa foi repetida em maior escala e monitorada com uma sonda no infravermelho (METTLER TOLEDO) e com agitação mecânica. Nesta condição foi obtido 65,9% de biodiesel e o produto de reação foi analisado quanto ao índice de acidez pelo método Cd 3d-63 da American Oil Chemists Society (AOCS) obtendo-se o valor de 0,28 mg KOH g^-1, e quanto a densidade, com um densímetro (METTLER TOLEDO), obtendo-se o valor de 0,913g cm^-3. A otimização da produção de biodiesel de tabaco ainda pode ser melhorada, considerando que é necessário utilizar a agitação mecânica para alcançar maior homogeneidade do sistema e talvez realizar a reação por maior tempo, em um novo planejamento de experimento. Portanto foi obtido biodiesel, e pode-se constatar que o estudo de otimização pode ser continuado, principalmente com relação ao tempo de transesterificação, uma vez que foi utilizado óleo de tabaco bruto. Agradecimentos: SCIT-RS e MCTI