CULTIVO DE SHIMEJI (PLEUROTUS OSTREATUS P KUMM.) E ANÁLISE DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM SUBSTRATOS LIGNOCELULÓSICOS

Laura Amália Miranda Costa, Chana de Medeiros da Silva, Marisa T. Lopes Putzke

Resumo


Os cogumelos do gênero Pleurotus spp. são amplamente cultivados em diferentes países devido as suas características, que facilitam o seu manuseio, manutenção e produção tanto em pequena quanto em grande escala. Tendo em vista o seu valor nutritivo, tem-se observado um crescimento no cultivo de Pleurotus em diversos substratos que intensificam uma fonte alternativa e sustentável para um melhor aproveitamento do cogumelo como alimento e também como mediador de uma produção com baixos danos ao ambiente, buscando diversificar e desmistificar a fungicultura, tornando-a mais acessível e aumentando o seu interesse perante a população em geral. O presente trabalho tem como objetivo verificar a viabilidade dos substratos de casca de arroz (Oryza sativa) e serragem (Eucalyptus sp.) para o cultivo de Pleurotus ostreatus. Foi realizada a suplementação do substrato com farelo de arroz e cal hidratada, para posterior análise da frutificação e colheita dos cogumelos, bem como análises fitoquímicas para a identificação de fenóis, taninos (reações de sais de ferro, gelatina, acetato de chumbo) e flavonoides (reações de cloreto de alumínio, Shinoda, Taubouk, hidróxidos alcalinos e Pew). Para extração e obtenção do extrato etanólico bruto foi utilizado o Soxhlet. A avaliação da capacidade de absorção de radicais oxigênio (ORAC) do extrato bruto de Pleurotus ostreatus também foi realizada. Os parâmetros avaliados para a produção do Pleurotus ostreatus foram corrida micelial e eficiência biológica. Com relação ao número de colheitas de cada substrato, observou-se que o substrato de casca de arroz obteve 2 colheitas, enquanto o substrato de serragem obteve 3 colheitas no total. Os valores da eficiência biológica menores para o substrato com casca de arroz que apresenta um resultado com 6,7% e para o substrato com serragem a eficiência biológica se mostrou maior em torno de 11,2%. Para a quantificação da capacidade antioxidante do substrato o valor médio obtido é de 539 µM ET/g, isso determina que quando comparado ao padrão utilizado, para ter efeito equivalente na atividade antioxidante, deve-se dosar 7,4g de P. ostreatus para cada grama de Trolox. A partir disso é possível utilizar diferentes subprodutos e resíduos agroindustriais, como por exemplo farelo de arroz, palha de milho, palha de arroz, entre outros grãos na produção. Essa metodologia ajuda na viabilização de um processo em que se consiga realizar um descarte viável para os resíduos gerados anualmente pelo mundo na indústria de processamento de alimentos.  

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