OBSERVATÓRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL - OBSERVADR

Fabiana Post, Silvio Cesar Arend

Resumo


Com o objetivo de articular centros de pesquisas, universidades e organizações nacionais e internacionais, organizando e instrumentalizando o acesso a dados, pesquisas, projetos e produções científicas, foi criado em 2010, o Observatório do Desenvolvimento Regional (ObservaDr).  Como parte do Observatório, foi desenvolvido o Banco de Dados Regional do Vale do Rio Pardo, o qual tem por finalidade a elaboração, organização e instrumentalização de acesso e divulgação de informações estatísticas e espaciais dos 23 municípios que integram o Conselho de Desenvolvimento Regional (COREDE) do Vale do Rio Pardo. As informações são divididas a partir de cinco eixos temáticos: Agropecuária e Estrutura Fundiária; Demografia; Economia; Dinâmica Social e, Configuração Territorial. Desta forma, o presente trabalho foi elaborado visando fornecer subsídios para a área de pesquisas científicas, auxílio na elaboração de diagnósticos, planejamento e desenvolvimento e elaboração de políticas públicas. Assim, no primeiro semestre de 2019, foram trabalhados os dados relativos aos benefícios previdenciários, com a finalidade de se obter maiores subsídios para a compreensão da importância, destes valores, para a economia, tanto do Estado quanto do Vale do Rio Pardo. Os dados relativos aos anos de 2010 a 2018, foram divididos em aposentadorias (por idade, tempo de contribuição e invalidez), pensões por morte, auxílios e outros benefícios, além dos benefícios assistenciais de legislação específica. Com foco no mercado de trabalho e principalmente nas condições oferecidas pelas empresas da região, foi realizado um levantamento dos acidentes de trabalho, considerando os casos registrados referentes aos acidentes sofridos por profissionais que possuem carteira de trabalho assinada, a qual foi subdividida em acidentes de trajeto, típico e doença, quanto aqueles sem carteira assinada, estes no entanto, sem subdivisão. Foram disponibilizados ainda as informações relativas a óbitos decorrentes destes. Em relação a Segurança Pública, os dados compilados se referem as ocorrências criminais registradas no período de 2002 a maio de 2019. Neste período se observa um aumento significativo no número de crimes relacionados a entorpecentes. No ano de 2016, dos 15 tipos de crimes ponderados, apenas três não tiveram aumento na comparação com 2015. Os crimes com maiores índices de aumento foram, abigeato (15%), homicídio doloso (60,3%) e latrocínio (166,7%). Em 2017, todos os tipos de crime, com exceção dos crimes de estelionato, tiveram redução. Foram analisados também, os crimes relacionados a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), os quais foram divididos em ameaças, lesão corporal, estupro e feminicídio tentado e consumado. Na análise do período (2012 a 2018), se observa que os números apresentam queda desde 2015, com exceção do feminicídio tentado que em 2017, foi superior a 2016. Importante ressaltar que estes números se referem somente aos casos denunciados. Referente a saúde pública, foram trabalhados os dados epidemiológicos relacionados a mortalidade por suicídio, índice que vêm crescendo no país. Somente em 2017, foram registrados 272 casos de suicídio na região, aumento de 47%, na comparação com o ano anterior. Os números relatam a necessidade de políticas públicas e estratégias que tenham como foco a prevenção do suicídio e as doenças mentais.


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