Rede urbana e os fluxos de gestão empresarial no território na Região Funcional 7 de Planejamento – RS

Nicolas Billig de Giacometti, Rogério Leandro Lima da Silveira

Resumo


Na formação das redes urbanas que integram cidades de distintos tamanhos, as cidades médias tem um papel primordial, uma vez que articulam circulação, distribuição e consumo, materializando o sistema de produção como um todo; assim acabam por consolidar sua condição de comando e centralizam os sistemas de decisão e de gestão. Desse modo, a identificação e análise das configurações e características dos fluxos de gestão do território tornam-se indispensáveis, pois permitem analisar a dinâmica urbana regional, a existência de um possível conteúdo policêntrico e suas influências na rede urbana. Neste trabalho será apresentada uma análise dos fluxos de gestão do território, em relação aos fluxos de gestão empresarial, presentes na Região funcional 7 de planejamento (definida como aquela que espacialmente engloba as delimitações políticas dos COREDEs do Fronteira Noroeste, Celeiro, Missões).Sendo assim, tem por propósito principal a identificação da distribuição no território regional das estruturas de gestão empresarial existentes, bem como os fluxos presentes no espaço regional, analisando, assim, sua influência na configuração da rede urbana e o provável conteúdo policêntrico presente na dinâmica urbana regional.Este trabalho está sendo realizado no âmbito GEPEUR - Grupo de Pesquisa Estudos Urbanos e Regionais, este vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UNISC.A abordagem metodológica utilizada consistiu-se primeiramente de uma pesquisa bibliográfica para delimitar então os conceitos de policentrismo, coesão territorial, rede urbana e gestão territorial. Posteriormente, foi realizada a obtenção dos dados secundários a partir das bases do Censo Demográfico (2010) e Gestão do Território (2014), do IBGE; após essa etapa, foram tabulados os dados em softwares de planilhas para então a extração de gráficos e utilização dos dados para confecção de mapas. Após serem sistematizados as informações, obteve-se resultados preliminares, em relação aos fluxos de gestão empresarial, dão destaque para os pares de cidades de Ijuí - Santo Ângelo, que possuem intensidade de ligação de 47 (sendo este valor a soma do número de empresas controladas e estabelecimentos filiais controlados); para o par de cidades de Santa Rosa -Santo Ângelo, com 43 de intensidade de ligação, ambas cidades tem respetivamente 36km e 52km, o que demonstra que são empresas de fins específicos com necessidades no próprio município, Ijuí - Porto Alegre com 42 de intensidade, aqui com 319km que separam o município da capital, e Ijuí - Panambi com 41 de intensidade e 43km de distância. Por fim, os resultados preliminares apontam um expressivo grau de centralidade urbana das cidades Ijuí, Santo Ângelo e Santa Rosa, que possuem forte vínculo com os municípios de seu entorno, exercendo papel intermediário entre as cidades menores da sua região e de suas áreas rurais, com a metrópole Porto Alegre, todavia, não é constatado vínculo entre elas, demonstrando, assim, que elas acabam por serem concorrentes dentro da rede urbana. Em um segundo momento esta análise será ampliada e consolidada, incorporando também dados das demais RFs. Após, a pesquisa irá anexar dados acerca dos fluxos de gestão do território público, em sua instância federal e estadual, e fluxos imateriais de ordens, informações e capital.

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