Rede urbana e os fluxos de gestão empresarial no território na Região Funcional 7 de Planejamento – RS
Resumo
Na formação das redes urbanas que integram cidades de distintos tamanhos, as cidades médias tem um papel primordial, uma vez que articulam circulação, distribuição e consumo, materializando o sistema de produção como um todo; assim acabam por consolidar sua condição de comando e centralizam os sistemas de decisão e de gestão. Desse modo, a identificação e análise das configurações e características dos fluxos de gestão do território tornam-se indispensáveis, pois permitem analisar a dinâmica urbana regional, a existência de um possível conteúdo policêntrico e suas influências na rede urbana. Neste trabalho será apresentada uma análise dos fluxos de gestão do território, em relação aos fluxos de gestão empresarial, presentes na Região funcional 7 de planejamento (definida como aquela que espacialmente engloba as delimitações políticas dos COREDEs do Fronteira Noroeste, Celeiro, Missões).Sendo assim, tem por propósito principal a identificação da distribuição no território regional das estruturas de gestão empresarial existentes, bem como os fluxos presentes no espaço regional, analisando, assim, sua influência na configuração da rede urbana e o provável conteúdo policêntrico presente na dinâmica urbana regional.Este trabalho está sendo realizado no âmbito GEPEUR - Grupo de Pesquisa Estudos Urbanos e Regionais, este vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UNISC.A abordagem metodológica utilizada consistiu-se primeiramente de uma pesquisa bibliográfica para delimitar então os conceitos de policentrismo, coesão territorial, rede urbana e gestão territorial. Posteriormente, foi realizada a obtenção dos dados secundários a partir das bases do Censo Demográfico (2010) e Gestão do Território (2014), do IBGE; após essa etapa, foram tabulados os dados em softwares de planilhas para então a extração de gráficos e utilização dos dados para confecção de mapas. Após serem sistematizados as informações, obteve-se resultados preliminares, em relação aos fluxos de gestão empresarial, dão destaque para os pares de cidades de Ijuí - Santo Ângelo, que possuem intensidade de ligação de 47 (sendo este valor a soma do número de empresas controladas e estabelecimentos filiais controlados); para o par de cidades de Santa Rosa -Santo Ângelo, com 43 de intensidade de ligação, ambas cidades tem respetivamente 36km e 52km, o que demonstra que são empresas de fins específicos com necessidades no próprio município, Ijuí - Porto Alegre com 42 de intensidade, aqui com 319km que separam o município da capital, e Ijuí - Panambi com 41 de intensidade e 43km de distância. Por fim, os resultados preliminares apontam um expressivo grau de centralidade urbana das cidades Ijuí, Santo Ângelo e Santa Rosa, que possuem forte vínculo com os municípios de seu entorno, exercendo papel intermediário entre as cidades menores da sua região e de suas áreas rurais, com a metrópole Porto Alegre, todavia, não é constatado vínculo entre elas, demonstrando, assim, que elas acabam por serem concorrentes dentro da rede urbana. Em um segundo momento esta análise será ampliada e consolidada, incorporando também dados das demais RFs. Após, a pesquisa irá anexar dados acerca dos fluxos de gestão do território público, em sua instância federal e estadual, e fluxos imateriais de ordens, informações e capital.
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