POLÍTICA AGRÁRIA: REORGANIZAÇÃO TERRITORIAL NO VALE DO RIO PARDO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX

Autores

  • BRUNA AMANDA GODINHO ROCHA UNISC
  • AMANDA ASSIS DE OLIVEIRA UNISC
  • ELOINA KAPPAUN UNISC
  • GUSTAVO HENRIQUE KUNSLER GUIMARÃES UNISC
  • JOSE ANTONIO MORAES DO NASCIMENTO UNISC

Resumo

Este trabalho tem como finalidade mostrar os resultados parciais da pesquisa em andamento no Arquivo Histórico da cidade de Rio Pardo e na Universidade de Santa Cruz do Sul 226 UNISC. As atividades de pesquisa iniciaram no primeiro semestre de 2014 e continuam até a presente data. O tema da pesquisa em curso foi a análise da forma como ocorreu a mudança de processos na ocupação de terras no município de Rio Pardo na primeira metade do século XIX, iniciando no final do período colonial e início do período imperial. O que se pretende é verificar como essas duas formas de ocupação ocorriam na época: primeiro as Sesmarias (concessões de terra pela Coroa) e, depois, dando lugar aos posseiros (ocupação primária das terras por homens e mulheres livres). Os acontecimentos ligados à questão da ocupação e a apropriação da terra são analisados a partir dos estudos da história agrária enquanto integrante da história social. A pesquisa aborda acontecimentos, comportamentos e relações entre os diversos grupos sociais para entender uma sociedade em particular. O objetivo que norteou essa pesquisa foi investigar e compreender se esse processo ocorreu de forma rápida e clara, ou se houve conflitos, bem como se coexistiram por determinado período. A problemática proposta foi questionar qual desses dois processos foi adotado pela maioria dos que adquiriram o direito à terra, formando a sociedade agrária do município no século XIX. Este processo ocorreu concomitante com as discussões nacionais que levaram à aprovação da Lei de Terras de 1850, pela qual a terra devoluta poderia ser vendida pelo governo provincial, mas não mais simplesmente ocupada. Essa lei fez parte das reformas influenciadas pelas ideias liberais, que chegaram até a América Latina ao longo do século XIX. O conhecimento sobre as sociedades agrárias e suas relações ainda necessita de maiores estudos pontuais, como é o caso deste trabalho, para compreender a implicação e os efeitos dessas políticas coloniais/imperiais na sua prática e a metodologia aqui utilizada foi bibliográfico-documental. Embora o trabalho esteja em andamento, é possível visualizar alguns resultados parciais, como as dificuldades encontradas para a modificação da política agrária, não apenas no Rio Grande do Sul, mas também no Brasil, tanto pelas áreas do país serem tão distintas entre si, como pela precária comunicação e o poder dos governantes em certos momentos se encontrar decentralizado e enfraquecido devido às mudanças ocorridas na administração. As conclusões parciais alcançadas foram à respeito de uma política não supervisionada e seguida firmemente, acarretando muitas consequências negativas, trazendo o esclarecimento de porquê ainda hoje existem tantos conflitos e questões em aberto no que se refere à posse da terra no Brasil.

Biografia do Autor

  • BRUNA AMANDA GODINHO ROCHA, UNISC
    UNISC
  • AMANDA ASSIS DE OLIVEIRA, UNISC
    UNISC
  • ELOINA KAPPAUN, UNISC
    UNISC
  • GUSTAVO HENRIQUE KUNSLER GUIMARÃES, UNISC
    UNISC
  • JOSE ANTONIO MORAES DO NASCIMENTO, UNISC
    UNISC

Publicado

2014-10-17

Edição

Seção

Ciências Humanas