FORMAÇÃO DE EDUCADORES PARA O USO PEDAGÓGICO DE FILMES: POLÍTICAS PÚBLICAS E CURSOS POPULARES

Alan Ricardo Costa

Resumo


Este trabalho tem por objetivo geral apresentar dois projetos de extensão desenvolvidos atualmente no município de Santa Maria-RS, com apoio institucional da Pró-Reitoria de Extensão (PRE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a saber: (1) curso Pré-Universitário Popular Alternativa, cujo escopo é a democratização do acesso ao Ensino Superior por meio da mediação de aulas para estudantes da cidade e região sem condições de financiar um curso pré-vestibular/universitário comercial, e (2) Cinema na Comunidade, ação que discute com a população temáticas sociais relevantes a partir de exibições gratuitas de filmes seguidos de debates. O objetivo específico da presente pesquisa, contudo, é apresentar os dados levantados através de questionários respondidos por educadores e educadoras do Pré-Universitário Popular Alternativa no que tange ao uso de filmes e do cinema como ferramenta didático-pedagógica de aprendizagem. Parte-se da premissa de que é fundamental formação pedagógica para o uso profícuo dos filmes, posto que estes não são recursos didáticos em sua essência, embora tenham grande potencial de sê-lo a partir da abordagem que o(a) educador(a) adota. Os questionários, respondidos por um total de 16 educadores(as), tratavam sobretudo da formação destes(as) para questões de uso de cinema em sala de aula, debates de temas sociais relevantes pautados em filmes exibidos, a importância do papel do(a) professor(a) na aprendizagem mediada por filmes, etc. Os instrumentos de coleta de dados, isto é, os questionários supracitados, foram aplicados aos sujeitos de pesquisa em fevereiro de 2016, no primeiro dia de encontro do I Seminário de Cinema e Educação Popular, evento organizado pela coordenação do curso Alternativa para fins de formação continuada de professores(as) participantes do projeto. Os resultados, grosso modo, indicam que os(as) educadores(as) (com diferentes formações, e de diferentes áreas do saber, como Filosofia, Geografia, Biologia, História e outras) não recebem formação em seus cursos de licenciatura ou demais espaços de formação para o uso de filmes na mediação da aprendizagem, mas notam em tais ferramentas potencial didático para suscitar dúvidas, exemplificar, problematizar e trazer à tona questões por vezes negligenciadas ou esquecidas no âmbito da sala de aula. Tudo isso reforça a importância de fomento e investimento na formação continuada para a abordagem mais profícua do cinema na Educação.


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