A IMAGINAÇÃO CRIADORA NOS DEVANEIOS DE GASTON BACHELARD: POSSIBILIDADES EM EDUCAÇÃO

Amanda Borges Ribeiro

Resumo


Neste artigo iremos refletir sobre a importância da imaginação na compreensão do mundo e do ser humano, sua relação com a educação e com a formação de professores, a partir do que nos propõe o filósofo francês Gaston Bachelard e sua fenomenologia da imaginação na obra A Poética do Devaneio, uma possibilidade de conhecimento por meio da imagem poética e do maravilhar-se diante da palavra do poeta. Este artigo surgiu a partir das aulas na disciplina de Educação poética e aprendizagem, ministrada pela professora Sandra Richter, no Mestrado em educação da Universidade de Santa Cruz do Sul  UNISC. Durante suas aulas, fomos contagiadas com o pensamento e os devaneios que Bachelard nos oferece; com a possibilidade criadora que a imagem poética traz à formação humana. Esperamos com isso despertar o encantamento com uma nova forma de pensar a educação e demonstrar a importância do sonhar no processo de aprendizagem, para conhecer a si mesmo e ao outro, transformar e transformar-se. Tais contribuições nos ajudam a refletir sobre práticas escolares centradas em teorias racionalistas e ações conservadoras que não estão dando conta da complexidade da vida, da sociedade nos tempos atuais. Faz-nos acreditar em uma prática pedagógica inovadora que conduz à autonomia do ser que aprende, a fim de que este possa ser e estar no mundo, aberto ao novo, ao inesperado, ao diálogo, à reflexão. O trabalho com a poesia na escola na perspectiva da fenomenologia da imaginação é apresentada aqui como uma alternativa de inovação na ação pedagógica, na medida em que favorece o sonho e o encantamento a partir da linguagem poética, bem como o questionamento, a crítica e o despertar para outra forma de conhecer e se conhecer. Consideramos que este texto é apenas um ponto de partida para o aprofundamento desta temática e o permitir-se sonhar e encantar-se a partir da linguagem poética.


Texto completo:

Trabalho completo

Apontamentos

  • Não há apontamentos.