EXTREMA-MG E OS EFEITOS ASSIMÉTRICOS DA GUERRA FISCAL: EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS DE UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL
Resumo
Este artigo analisa os efeitos da guerra fiscal sobre o desenvolvimento econômico do município de Extrema – MG, localizado no Sul de Minas Gerais, com ênfase no período entre 2000 e 2020. Utilizando uma abordagem quantitativa, o estudo combina análise estatística, análise fatorial exploratória e avaliação de indicadores econômicos e sociais para investigar como a adoção de políticas locais de incentivos fiscais e a posição geográfica estratégica impulsionaram o crescimento do município. Os resultados revelam que Extrema apresentou uma expansão real do valor adicionado de 788,3% no período, liderando o estado no PIB per capita desde 2020. A estrutura produtiva passou por transformação, com destaque para a ascensão do setor de serviços. O município também registrou um crescimento expressivo nas receitas correntes, no comércio exterior e na capacidade de investimento público. No entanto, o estudo aponta limitações relacionadas à baixa difusão regional dos efeitos econômicos, à concentração setorial e à dependência de mão de obra externa. A análise do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre 1991 e 2010 indica avanços nas dimensões de renda, longevidade e educação, mas evidencia desafios persistentes quanto à qualidade do emprego e à sustentabilidade social. Conclui-se que a guerra fiscal, embora capaz de promover crescimento econômico localizado, necessita ser acompanhada de políticas regionais articuladas para alcançar um desenvolvimento territorial equilibrado.Downloads
Publicado
2025-11-18
Edição
Seção
GT1: Desenvolvimento regional, planejamento, governança, controle social e gestão do território