Disputa, imposição e negação em trabalhos escolares sobre história e cultura afro-brasileira e africana
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v19i1.8836Palabras clave:
representações, história e cultura Afro-Brasileira e Africana, trabalhos escolares.Resumen
Diante dos processos de disputa, imposição e negação a respeito da história e cultura Afro-Brasileira e Africana, o propósito da pesquisa é identificar e analisar as respectivas representações em trabalhos escolares do Colégio Estadual do Campo Dr. Antonio Pereira lima, Distrito Panema, município de Santa Mariana, Paraná. As fontes foram produzidas para o Dia Nacional da Consciência Negra no período de 2013 a 2015, sendo divididas em dois grupos compostos por textos e imagens: o primeiro parte da hipótese da existência de um discurso estereotipado e preconceituoso advindo da classe dominante branca a respeito da história e cultura Afro-Brasileira e Africana; já o segundo surge possivelmente da imposição de um novo discurso, fruto das reivindicações de reconhecimento e valorização da diversidade cultural advogadas pelo Movimento Negro e por meio da Lei 10 639/03. Este estudo possibilita estabelecer paralelos entre representações advindas do “sistema hegemônico branco e ocidentalizado” e as representações anti-hegemônicas, considerando que o texto da Lei 10 639/03, que insere o ensino de história e cultura Afro-Brasileira e Africana nas escolas, também se constitui em uma representação, e não anula os processos de negociação, conflitos e tensões entre o padrão cultural negro e africano e o padrão branco europeu na dinâmica pedagógica escolar. A partir do debate em torno do conceito de representações de Chartier (1990; 1991; 2002), as representações são tomadas como estratégias e práticas de tensionamento em meio às relações de poder. Portanto, não se tratam de uma questão de verdade e falsidade, mas de uma lógica de representação que manipula e legitima o discurso de quem enuncia.Descargas
##submission.downloads##
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.