Perfil fenotípico de resistência à colistina e tigeciclina em um hospital público no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17058/.v9i4.13345Palavras-chave:
Resistência microbiana a medicamentos. Colistina. Infecção hospitalar. Enterobacteriaceae. Carbapenêmicos.Resumo
Justificativa e objetivos: Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) causadas por bacilos Gram negativos multirresistentes (BGN-MDR) são consideradas um problema de saúde pública e um impacto nas taxas de mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi verificar o perfil fenotípico de resistência à colistina e à tigeciclina, consideradas como último recurso terapêutico aos BGN-MDR. Métodos: Os dados foram coletados nas fichas de busca ativa do serviço de controle de infecções e prontuários médicos de pacientes internados em duas UTI de um hospital público de Joinville, entre janeiro de 2016 e junho de 2017. Resultados: Ocorreram 256 IRAS por BGN, acometendo principalmente o gênero masculino (62%), com mediana de idade de 65 anos. Entre os BGN, 37% expressaram MDR; sendo as espécies mais frequentes: Klebsiella pneumoniae (47%), Acinetobacter baumannii (23%) e Stenotrophomonas maltophilia (11%). A resistência de BGN-MDR a colistina e tigeciclina foi de 5% e de 12%, respectivamente; 5% dos isolados foram resistentes aos dois antibióticos. A taxa de óbito entre os pacientes com IRAS por BGN-MDR resistentes à colistina foi mais alta (60%) que aquelas à tigeciclina (45%). Conclusão: K. pneumoniae e A. baumannii produtores de carbapenemases, resistentes a colistina e tigeciclina prevaleceram entre os BGN-MDR, e estiveram associadas à maioria dos óbitos. Essas observações, junto com o alto uso de carbapenêmicos na terapia empírica, mostra a necessidade do uso racional de antimicrobianos.Downloads
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