Fatores de risco associados à infecção de sítio cirúrgico em portadores de câncer musculoesquelético
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v13i1.17595Palavras-chave:
Infecção do sítio cirúrgico, Associação, Ortopedia, Câncer nos ossosResumo
Justificativa e objetivos: as infecções do sítio cirúrgico (ISC) continuam sendo uma grande preocupação na oncologia ortopédica e representam um desafio tão grande quanto a recorrência do câncer, apesar do potencial preventivo da cirurgia. As ISC podem ser evitadas se forem tomadas medidas baseadas em evidências. O objetivo foi avaliar a frequência de infecções em cirurgias ortopédicas oncológicas e os fatores de risco e marcadores inflamatórios associados em um hospital de referência no estado de Pernambuco. Métodos: foram analisados a frequência de ISC, a identificação de microrganismos isolados, os fatores de risco e o perfil de marcadores inflamatórios Th1 e Th2 (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF e IFN-Ƴ) em pacientes portadores de câncer musculoesquelético. Resultados: as ISC foram encontradas em 9,1% dos pacientes submetidos à cirurgia ortopédica. A análise bivariada revelou que uma equipe cirúrgica composta por mais de cinco membros (p=0,041) e a necessidade de transfusão intraoperatória (p=0,012) foram correlacionadas com maior risco de ISC. A dosagem dos níveis de proteína C reativa ultrassensível para avaliação da resposta inflamatória após ISC apresentou resultados superiores aos valores de referência para cada amostra, variando de >5 a >200mg/dl pelo método imunoturbidimétrico. Dos níveis de IL-2, INFγ e TNF (Th1) e IL-4, IL-6, IL-10 (Th2), apenas a interleucina 6 apresentou níveis elevados, entre 6,68 e 58,76 pg/mL. Conclusão: o estudo constatou que equipe cirúrgica com cinco ou mais membros e transfusão sanguínea foram fatores associados ao desenvolvimento de ISC em cirurgia ortopédica em pacientes com câncer musculoesquelético. Entre os marcadores inflamatórios, interleucina 6 (IL-6) apresentou maior correlação com o desfecho.
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