Aleitamento materno e controle de infecções em recém-nascidos prematuros: revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i1.18400Palavras-chave:
Leite Humano, Controle de infecções, Recém-Nascido prematuroResumo
Justificativa e Objetivos: a investigação da relação do uso de leite materno com o controle de infecções em recém-nascidos prematuros poderá fornecer embasamento para continuidade do aleitamento materno exclusivo, diminuindo os índices de introdução precoce de fórmula e propiciando o fortalecimento de seu sistema imunológico. Diante disso, objetivou-se analisar a relação do aleitamento materno com o controle de infecções em recém-nascidos prematuros.Conteúdo: revisão integrativa, que incluiu artigos originais, disponíveis eletronicamente e com recorte temporal dos últimos cinco anos (2018 a 2022). Foram realizadas buscas no mês de agosto de 2022 nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scopus, Web of Science e Science Direct, sendo utilizado os descritores Aleitamento Materno, Leite Humano, Controle de Infecções, Controle de Infecção e Recém-Nascido Prematuro, concatenados com os operadores de pesquisa “AND” e “OR”. Foi utilizada a ferramenta digital Rayyan para a organização das etapas de seleção dos estudos. Foram identificados 490 estudos na busca, dos quais sete foram selecionados. Todos os estudos foram publicados em inglês entre 2018 e 2022. Quanto ao delineamento, três eram estudos de caso controle, um era coorte, um era transversal e dois eram ensaios clínicos. Em relação ao nível de evidência, predominaram os estudos classificados em nível IV. Conclusão: o leite humano materno tem o poder de diminuir a incidência de enterocolite necrosante e citomegalovírus, reduzir o agravamento de estados inflamatórios e de sepse tardia, prevenir doenças, estimular o desenvolvimento físico e cognitivo do recém-nascido prematuro.
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