Perfil epidemiológico de sepse em um hospital de alta complexidade do noroeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v15i1.19482Palavras-chave:
Epidemiologia. Hospitalização. Mortalidade. Sepse.Resumo
Justificativa e Objetivos: A sepse é uma grande causa de morbimortalidade global com custos extremamente elevados, para contribuir com informações para o desenvolvimento de protocolos clínicos se faz necessário relacionar o perfil sociodemográfico dos pacientes com diagnóstico de sepse e conhecer as especificidades e os desfechos apresentados. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal, retrospectiva e documental de abordagem quantitativa, com universo amostral de pacientes adultos internados com diagnóstico de sepse de janeiro a dezembro de 2023. Os dados foram analisados no software R (versão R- 4.3.0) com estatística inferencial e teste de associação. Para relacionar as variáveis foi realizado o teste Exato de Fisher, com o nível de significância de 5%. Resultados: Do total de 320 prontuários, verificou-se que 76,6% (n = 245) dos pacientes evoluíram a óbito e 23,4% (n = 75) receberam alta. Pacientes com idade superior a 60 anos apresentaram maior risco de adquirir uma infecção e ter evolução desfavorável. Em relação ao foco da infecção, detectou-se que o desfecho de óbito está mais relacionado com a infecção pulmonar (60,4%) e abdominal (13,1%). A correlação entre o tempo de internamento e o óbito determinou que o desfecho desfavorável é maior no período de até 7 dias (40,0%). Conclusão: Este estudo mostrou a relação entre o perfil sociodemográfico com os desfechos relacionados com a sepse e o choque séptico, sendo condizente com o cenário brasileiro e contribuindo com informações que possibilitem o desenvolvimento de um protocolo de gerenciamento da sepse para a redução da mortalidade.
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