Análise dos casos de hanseníase no estado do Pará entre 2001 e 2020
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v14i2.18997Palavras-chave:
Hanseníase, Sistemas de informação em saúde, Epidemiologia, Hanseníase Paucibacilar, Hanseníase Multibacilar.Resumo
Justificativa e Objetivos: a hanseníase é uma micobacteriose conhecida há séculos e prevalente até os dias atuais e, apesar da diminuição dos números de casos, ainda atinge diversos brasileiros. Para tanto, este estudo tem como objetivo avaliar as formas clínicas da hanseníase no estado do Pará entre 2001 e 2020. Métodos: foi realizado estudo ecológico a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de pacientes com hanseníase de acordo com três classificações, como forma clínica notificada, classificação operacional notificada, e grau de incapacidade notificado, coletados entre os anos de 2001 e 2020. Resultados: as formas mais brandas da hanseníase tiveram um decrescimento maior do que a forma mais grave, aliado a uma maior queda dos casos da classe paucibacilar em comparação com a classificação multibacilar. Além disso, o grau zero de incapacidade apresentou grande redução dos casos, em contraste aos graus um e dois, que se mantiveram estacionários. Conclusão: apesar do decréscimo evidente da hanseníase no estado, as formas mais graves da doença, que estão relacionadas a maiores níveis de incapacidade e transmissão, apresentaram pouca redução.
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