Atuações interdisciplinares na saúde domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v2i3.2714Resumo
INTRODUÇÃO: Praticar saúde no domicílio é tão antigo quanto viver em sociedade, além de ser uma alternativa mais humanizada com um cuidado especial em outro espaço que não seja o hospital1. Nas residências observamos doentes e cuidadores, dessa forma, a incapacidade do paciente determina seu nível de dependência por assistência e, logo, um desafio ao cuidador familiar2. A realização das atividades diárias exige esforço físico por parte de quem as realiza e quanto mais dependente é o paciente, mais desgastante é esse cuidado3, acrescentando-se a isso a desinformação por parte dos cuidadores com relação a medicamentos e formas de promover o auto-cuidado. OBJETIVOS: Conhecer a realidade da saúde dos usuários das Unidades de Saúde da região, identificar os fatores de risco para doenças e promover estratégias que venham impactar de forma positiva nas condições de saúde dos cuidadores. FUNDAMENTAÇÃO: A pessoa que assiste o paciente em suas necessidades, aqui denominada de “cuidador”, pode fazer parte da família ou ser alguém contratado para a realização deste serviço4. Achados literários evidenciam que o cuidador frequentemente sofre sobrecarga física e emocional acarretando em problemas físicos, psicológicos, sociais e financeiros5, o que afeta o bem-estar deste e do próprio doente6. Na maioria dos casos, a atenção para promoção, prevenção e reabilitação está focada naqueles indivíduos já acometidos por alguma doença7 e os cuidadores são negligenciados, contribuindo para o crescimento da procura por atendimento nos postos de saúde. MÉTODOS: O presente trabalho consiste num relato de experiência de uma das atividades desempenhadas por acadêmicos dos cursos de fisioterapia, enfermagem, educação física e farmácia da UNIPAMPA e bolsistas de extensão do Programa de Educação Tutorial (PET), durante visitas domiciliares realizadas em famílias da comunidade, pelo projeto de extensão com registro 52/11, intitulado: Programa de Extensão Práticas Integradas em Saúde Coletiva (PISC), durante o ano de 2010. O grupo interdisciplinar, a partir da indicação da Unidade de Saúde e através de visitas domiciliares busca o diálogo com a comunidade, a escuta de demandas e a resolução dos problemas, visando orientar em saúde e promover a atenção integral. Sendo assim, os acadêmicos do programa desenvolveram de forma dialógica ações na comunidade de orientações tais como a correta postura do acamado, dieta adequada, uso consciente de medicamentos, além do incentivo a prática de exercícios físicos regulares. RESULTADOS: No desenvolver das visitas, realizada duas vezes por semana, observou-se que parte da população de famílias assistidas pelo programa, necessita do auxílio de outra pessoa para a realização de atividades cotidianas básicas. A tarefa de cuidar de alguém se soma a outras atividades do dia-a-dia, sobrecarregando o cuidador8, além do escasso acesso sobre educação em saúde9 e ausência do auto-cuidado, foi também identificado como fator de risco à saúde dos cuidadores. Após a indicação do posto e dos problemas relatados pelos cuidadores, os acadêmicos verificam a necessidade de uma orientação a esses indivíduos e visando os benefícios do auto-cuidado, foi promovida a educação dessa população, através de conversas e ensinamentos de manobras que facilitem o manejo com os acamados, bem como prestando informações sobre enfermidades e medicações, contribuindo para melhorar sua qualidade de vida física e emocional, pois com as orientações que obtiveram são capazes de prevenir futuras lesões. CONCLUSÃO: As estratégias desenvolvidas pelos acadêmicos contribuem para diminuir a demanda do posto de saúde, uma vez que a promoção e prevenção são medidas adequadas para manutençãode uma vida mais saudável e promove uma melhor qualidade de vida10, favorecendo os indivíduos cuidadores, habilitando-os para prevenção de lesões e doenças.Downloads
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