Análise do Processo Discursivo das Produções Artísticas de um Movimento Estudantil
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v2i2.11671Palavras-chave:
arte, discurso, políticas de educação superior, linguagem.Resumo
Discursos produzidos pelos movimentos estudantis universitários circunscrevem reivindicações políticas, éticas e estéticas não limitadas às demandas da educação. Essa pesquisa teve como objetivo compreender o processo discursivo (o estabelecimento de efeitos de sentidos) das produções artísticas de membros de um movimento estudantil numa universidade pública em 2014. O arquivo de análise possui 482 imagens (desenhadas no espaço físico da universidade) fotografadas e analisadas a partir da Análise de Discurso de Pêcheux. A análise visou: (1) a constituição do objeto discursivo, e (2) a elucidação do processo discursivo, sendo este enfatizado. Os discursos apontam para a constituição de um efeito de sentido de universalização (o movimento estudantil composto por todos os universitários) das reivindicações para redistribuir as relações de poder naquele cenário. Para tanto, aqueles discursos estão apoiados em referenciais (interdiscursivos) disponíveis na cultura considerada ilustrada e não-alienada e na ideologia, fomentando a luta política como estratégias de transformação social daquele/naquele contexto.
Downloads
Referências
Benjamin, W. (2011). A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: T. Adorno, Teoria de cultura de massa (pp.221-254). São Paulo: Paz e Terra.
Brasil (2007). REUNI – Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Brasília. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/diretrizesreuni.pdf.
Coli, J. (2015). O que é Arte. São Paulo: Brasiliense.
Costa, F. R. (2014). O conceito de espaço em Milton Santos e David Harvey. Revista Percurso – NEMO, 6(1), 63-79.
Foucault, M. (2010). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal.
Gianvecchio, A. (2008). A representação da violência nas artes visuais [artigo completo]. In: Anais do XIX Encontro de História: poder, violência e exclusão. São Paulo: ANPUH/SP – USP. 2008. Recuperado de http://www.anpuhsp.org.br/sp/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Adriana%20Gianvecchio.pdf.
Giordani, L. R. (2011). As relações de poder exercidas através do discurso. Recuperado de http://http://www.bocc.ubi.pt/pag/giordani-rosselane-as-relacoes-de-poder-exercidas-atraves-do-discurso.pdf.
Hamann, C.; Tedesco, P. C.; Maracci-Cardoso, G. J., & Viscardi, F. (2013). Movimentos de ocupação urbana: uma integração teórica através do conceito de happening. Diálogo, 23, 19-33.
Lopes, M. A. B. (2003). Projeto memória da FMTM. Texto não publicado. Uberaba
Lopes, G. S. M. A criação da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro em Uberaba – MG: De instituição privada à instituição isolada de ensino superior (1953–1960) [palestra]. In: Encontro de História da Educação da região Centro-Oeste. Catalão/GO.
Mesquita, R. M. (2003). Movimento estudantil brasileiro: práticas militantes na ótica dos novos movimentos sociais. Revista Crítica de Ciências Sociais, 66, 117-149.
Moscheta, M. (2014). A pós-modernidade e o contexto para a emergência do discurso construcionista social (pp.23-47). In: C. Guanes-Lorenzi, M. Moscheta, C. M. Corradi-Webster, & L. V. Souza (Orgs.), Construcionismo Social: discurso, prática e produção de conhecimento. Rio de Janeiro: Instituto Noss.
Movimento Estudantil. Nota De Esclarecimento de 22/04/2014. (2014). Recuperado de https://www.facebook.com/movimentoestudantiluftm/photos/a.1464312913780558.1073741828.1464196777125505/1467970353414814/?type=3&theater.
Orlandi, E. P. (2013). Análise do Discurso: Princípios e Procedimentos. Campinas: Pontes
Pêcheux, M. (2009). Semântica e Discurso. Campinas: Editora da UNICAMP
Rancière, J. (2009). A associação entre arte e política segundo o filósofo Jacques Rancière (entrevista a Gabriela Longman e Diego Viana). Revista Cult nª 139. Recuperado de http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/entrevista-jacques-ranciere/.
Ristoff, D. (2014). O novo perfil do campus brasileiro: uma análise do perfil socioeconômico do estudante de graduação. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), 19(3), 723-747.
UFTM. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. (2007). Histórico. Recuperado de http://www.uftm.edu.br/historico
UFTM. Universidade Federal do Triângulo Mineiro. (2012). Análise do Plano REUNI da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (2008-1012) e subsídios para a proposta de repactuação. Recuperado de http://pt.slideshare.net/comissaodiscenteuftm/anlise-plano-reuni-uftm-2008-a-2012verso-final11.
Volanin, L. (2016). Poder e mídia: a criminalização dos movimentos sociais no Brasil nas últimas décadas. Recuperado de http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/760-4.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e científicas desde que citada a fonte conforme a licença CC-BY da Creative Commons.