Ensino e aprendizagem em Psicologia Social no ensino remoto emergencial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v5i2.16224

Palavras-chave:

Psicologia Social, Tecnologia educacional, Métodos de ensino, Igualdade social, Pandemia.

Resumo

A pandemia do novo coronavírus, diante da necessidade de distanciamento social, trouxe para as universidades o desafio do Ensino Remoto Emergencial. O objetivo deste artigo é o de refletir sobre as experiências construídas ao longo de um semestre na disciplina de Psicologia Social, na modalidade remota de ensino. Inspirado na pedagogia engajada de bell hooks, refletimos sobre três ensinamentos desta experiência: a pandemia não é democrática – a negação do direito à educação; entendendo o ERE e os limites da aula expositiva – conversação e compartilhamento de histórias; e aprendizagem colaborativa online, comunidade de aprendizagem e pensamento crítico.  Ressaltamos que a utilização das tecnologias digitais de informação e comunicação possibilitou a construção de aprendizagens significativas, mas temos como desafios a apropriação dessas metodologias mais participativas no modelo presencial e o acompanhamento e inclusão de estudantes que, por razões diversas, não conseguiram se vincular ao semestre remoto. Provavelmente as dificuldades vividas por esses/as estudantes já existissem, mas as condições sociais, culturais e econômicas que sustentam as desigualdades sociais se tornaram mais visíveis com a pandemia, e isso deve nos sensibilizar quando do retorno presencial das aulas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Moises Romanini, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicólogo, graduado pela UFSM; Doutor em Psicologia Social e Institucional (UFRGS); Professor Adjunto do Departamento de Psicologia Social e Institucional da UFRGS; Atua na coordenação conjunta do Grupo de Pesquisa-Intervenção em Saúde Mental, Políticas Públicas e Cuidado em Rede (INTERVIRES/UFRGS).

Referências

Arruda, E. P. (2020). Educação Remota Emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede – Revista de Educação à Distância, 7(1), 257-275. doi: 0000-0002-9201-6530

Bates, A. W. (2017). Educar na era digital: design, ensino e aprendizagem. São Paulo: Artesanato Educacional.

Butler, J. (2020). El capitalismo tiene sus límites. In Editorial: ASPO Aislamiento Social Preventivo y Obligatorio (Ed.), Sopa de Wuhan: pensamiento contemporáneo en tempos de pandemia (pp. 59-66). Buenos Aires: ASPO.

Conselho da Unidade do Instituto de Psicologia. (2020). Apreciação da Proposta de Regulamentação de Ensino Remoto Emergencial apresentada pela PROGRAD através do Ofício n. 025/PROGRAD/UFRGS. Porto Alegre: Autor.

Decreto n. 9057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9057.htm

Departamento de Psicologia Social e Institucional. (2020). Plano de Ensino Psicologia Social I. Porto Alegre: Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social e Institucional.

Gomes, C. A., Oliveira e Sá, S., Vázquez-Justo, E., & Costa-Lobo, C. (2020). A Covid-19 e o Direito à Educação. Revista Internacional de Educación para la Justicia Social, 9(3), 1-14. Recuperado de https://revistas.uam.es/riejs/article/view/12176

Hodges, C. B., Moore, S., Lockee, B. B., Trust, T., & Bond M. A. (2020). The difference between emergency remote teaching and online learning. EDUCAUSE Review. 27 mar. 2020. Recuperado de https://er.educause.edu/articles/2020/3/the-difference-between-emergency-remote-teaching-and-online-learning

hooks, b. (2020). Ensinando Pensamento Crítico: sabedoria prática. São Paulo: Elefante.

Maia, C., & Mattar, J. (2008). ABC da EaD: a educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Downloads

Publicado

2021-07-10

Como Citar

Romanini, M. (2021). Ensino e aprendizagem em Psicologia Social no ensino remoto emergencial. PSI UNISC, 5(2), 109-124. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v5i2.16224