Ser inversor: plataformas financieras, gamificación y producción de subjetividad
DOI:
https://doi.org/10.17058/psiunisc.v7i1.17910Palabras clave:
Subjetividad, Gamificación, Plataformas digitales, FinanciarizaciónResumen
Estudios han relacionado la creciente desigualdad socioeconómica, en el ámbito del capitalismo neoliberal, con el proceso de financiarización. Considerando su importancia para trazar diagnósticos del presente, desarrollamos una investigación que tiene como objetivo conocer modos de subjetivación conectados a lo que llamamos el dispositivo de financiarización, constituido por elementos heterogéneos; en este artículo nos enfocamos en las plataformas financieras digitales que fomentan la práctica de invertir. Utilizamos el método de la cartografía, prestando atención a las líneas de enunciación y visibilidad (saber), fuerza (poder) y subjetivación en el análisis de sitios web y aplicaciones de siete instituciones (Robinhood, Warren, C6 Bank, Banco Inter, Rico, Itaú/ión y Nubank /NuInvest), cuyo formato y funcionamiento hacen referencia a la gamificación. Constatamos que elementos relacionados con ciertas dinámicas, mecánicas y componentes del juego están estratégicamente compuestos para producir un sujeto inversor: las narrativas presentan las plataformas como compañeros que simplifican todo para dar oportunidades para todos, incluso con poco dinero (R$ 30,00), para iniciar un camino al mundo de las inversiones, un medio para prosperar y hacer realidad los sueños; consejos y artículos, en formato corto, sirven como desafíos para que los clientes exploren e inserten más en este mercado; se movilizan emociones como la diversión – a través del diseño lúdico y el acercamiento a las formas de entretenimiento–, la intrepidez y el empoderamiento – con dichos como “#SinMiedoaLaBolsa” y el paradójico “luchamos contra la complejidad para empoderar a las personas” –, para abarcar la práctica con relajación y seguridad. Discutimos la producción de sujetos instalados en la “superficie del saber-poder”, la normalización y despolitización de la práctica, y abrimos interrogantes sobre el sentido estratégico de invitar a todos a pertenecer, identificarse y, así, sustentar cualquier ganancia en este mercado.
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