Famílias: Entre Dispositivos Jurídicos, Rizomas, Identidades e Filiação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13463

Palavras-chave:

Famílias, Diversidade sexual e de gênero, Rizoma, Heteronormatividade, Sistema de justiça.

Resumo

No presente artigo usaremos como disparador da análise um caso ao qual tivemos acesso em experiências de pesquisa. A partir dele, analisaremos as forças que se atravessam na produção e transformação das relações familiares, considerando os aspectos cotidianos e jurídicos, com ênfase nos múltiplos discursos, sobretudo os pautados no machismo, sexismo, heterossexismo e LGBTfobia, que delimitam a pluralidade das existências no campo da diversidade sexual e de gênero, bem como as potencialidades rizomáticas de ser família. Essas forças extremamente complexas se entrelaçam na contemporaneidade, apesar dos muitos avanços neste campo, na tentativa de afirmar apenas um modelo único de ser, de se relacionar e de ser família, a partir de uma matriz cisheteronormativa que tende a excluir outros modos de vida.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jimena de Garay Hernández, IP/UERJ

Professora adjunta do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 

Roberta Gomes Nunes, Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Psicologia social pela UERJ, psicóloga do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e instrutora da Escola de Administração Judiciária

 

Flavio Lopes Guilhon, Unigranrio; Prefeitura de Rio das Ostras

Doutorando no Programa de Pós graduação em Psicologia da UFF. Mestre em Psicologia Social pela UERJ. Servidor público na Prefeitura de Rio das Ostras. Docente no curso de Psicologia da Unigranrio. 

Referências

Azerêdo, S. (2010). Encrenca de gênero nas teorizações em psicologia. Revista Estudos Feministas, 18(1), 175-188. doi:10.1590/S0104-026X2010000100011

Barros, R. B. (2013). Grupo: a afirmação de um simulacro. (3. ed., Coleção Cartografias). Porto Alegre: Sulina/Ed. UFRG.

Brito, L. M. T., & Ayres, L. S. M. (2004). Destituição do Poder Familiar e Dúvidas Sobre a Filiação. Revista Brasileira de Direito de Família, 6(26), 129–143.

Butler, J. (1998). Actos performativos y constitución del gênero: un ensayo sobre fenomenología y teoría feminista. Debate Feminista, 18, 296-314.

Butler, J. (2013). Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. In G. L. Louro. Corpo Educado: pedagogias da sexualidade (3 ed.). Belo Horizonte, BH: Autêntica.

Corrêa, M. (2012). Gênero, genealogias e novas famílias. Mediações, 17(1), 191-215. doi: 10.5433/2176-6665.2012v17n1p191

Costa, R. G. (2002). Reprodução e gênero: paternidades, masculinidades e teorias da concepção. Revista Estudos Feministas, 10(2), 339-356. doi: 10.1590/S0104-026X2002000200005

De Garay Hernández, J. (2013). Filhas de famílias homoparentais: processos, confrontos e pluralidades (Dissertação de Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Deleuze, G., & Guattari, F. (1995). Mil platôs. Capitalismo e Esquizofrenia 2 (vol.1, A. L. Oliveira, A. Guerra Neto, & C. P. Costa, Trad.). São Paulo, SP: Ed 34.

Deleuze, G., & Parnet, C. (2004). Diálogos (J. G. Cunha, Trad.). Lisboa: Ed. Relógio D’Água.

Fine, A. (2001). Vers une reconnaissance de la pluriparentalité?. Esprit (1940-), 273(3/4), 40-52. Recuperado de www.jstor.org/stable/24278951

Fonseca, C. (2009). Aventuras familiares: do acolhimento à adoção. In C. Fonseca, P. Schuch (Orgs.), Políticas de proteção à infância: um olhar antropológico (pp. 273-294). Porto Alegre: UFRGS.

Fonseca, C. (2008). Homoparentalidade: novas luzes sobre o parentesco. Revista Estudos Feministas, 16(3), 769-783. doi: 10.1590/S0104-026X2008000300003

Foucault, M. (1979). Microfísica do Poder (23 ed., R. Macahdo, Org.). Rio de Janeiro, RJ: Edições Graal.

Guattari, F., & Rolnik, S. (2011). Micropolítica: cartografias do desejo (11 ed). Petrópolis, RJ: Vozes.

Guilhon, F. L. (2015). Pirateando afetos e produzindo práticas: viagens pelo Centro de Cidadania LGBT (Dissertação de Mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Haraway, D. (2004). "Gênero" para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra. Cadernos Pagu, (22), 201-246. doi: 10.1590/S0104-83332004000100009

Kastrup, V. (2012). Inventar. In T. Fonseca, M. Nascimento, & C. Maraschin (Orgs.), Pesquisar na diferença: um abecedário (pp. 237-240). Porto Alegre: Sulina.

Louro, G. L. (2013). Pedagogias da sexualidade. In G. L. Louro. Corpo Educado: pedagogias da sexualidade (3 ed.). Belo Horizonte, BH: Autêntica.

Mello, L. (2005). Novas famílias: conjugalidade homossexual no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Garamond.

Moraes, M. (2014). O sistema judicial brasileiro e a definição do melhor interesse da criança. Revista Estudos de Sociologia, 19(36), 21-39. Recuperado de https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/5931

Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH-UFMG) Departamento de Antropologia e Arqueologia (DAA-UFMG). (2015). Projeto transexualidades e saúde pública no Brasil: entre a invisibilidade e a demanda por políticas públicas para homens trans. UFMG. Recuperado de http://www.nuhufmg.com.br/homens-trans-relatorio2.pdf

Peres, M, Soares, S., & Dias, M. (2018). Dossiê sobre lesbocídio no Brasil: de 2014 até 2017. Rio de Janeiro: Livros Ilimitados. Recuperado de https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/fontes-e-pesquisas/wp-content/uploads/sites/3/2018/04/Dossi%C3%AA-sobre-lesboc%C3%ADdio-no-Brasil.pdf

Pontes, M. F., Feres-Carneiro, T., & Magalhães, A. S. (2017). Homoparentalidade feminina: laço biológico e laço afetivo na dinâmica familiar. Psicologia USP, 28(2), 276-286. doi: 10.1590/0103-656420150175

Rolnik, S. (1993). Pensamento, corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. Cadernos de subjetividade, 1(2), 241-251.doi: 10.2354/cs.v1i2.38134

Saffioti, H. I. B. (2004). Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo.

Tarnovski, F. (2013). Parentalidade e gênero em famílias homoparentais francesas. Cadernos Pagu, (40), 67-93. doi: 10.1590/S0104-83332013000100002

Vianna, A.R.B. (2006). Quem deve guardar as crianças? In A. C. S. Lima (Org), Gestar e Gerir: estudos para uma antropologia da administração pública no Brasil. (p. 271-312). Rio de Janeiro, RJ: Relume Dumará

Downloads

Publicado

2020-01-04

Como Citar

de Garay Hernández, J., Gomes Nunes, R., & Lopes Guilhon, F. (2020). Famílias: Entre Dispositivos Jurídicos, Rizomas, Identidades e Filiação. PSI UNISC, 4(1), 8-20. https://doi.org/10.17058/psiunisc.v4i1.13463

Edição

Seção

Artigos